O futebol brasileiro perdeu neste domingo (12) um de seus personagens mais marcantes: Flávio Pantera, ex-goleiro que entrou para a história ao conquistar títulos do Campeonato Brasileiro nas Séries A, B e C, morreu aos 54 anos após enfrentar uma dura batalha contra o câncer.
Referência de liderança e atuações decisivas por onde passou, Flávio Pantera se tornou ídolo em diversos clubes, especialmente no Centro Sportivo Alagoano (CSA), onde é reverenciado como um dos maiores goleiros da história do clube.
Em nota oficial, o CSA lamentou profundamente a morte do ex-atleta, destacando sua importância para a torcida azulina e para a história do futebol alagoano.
“Sua dedicação, carisma e espírito de liderança dentro e fora de campo deixaram um legado eterno, que jamais será esquecido por todos que fazem parte da Nação Azulina”, afirmou o clube.
Flávio Pantera é lembrado pelos torcedores azulinos por sua garra, talento e amor ao CSA, tendo sido protagonista de momentos inesquecíveis que marcaram gerações. O clube também prestou solidariedade à família, amigos e admiradores do ex-jogador.
“Que sua memória siga viva nos corações azulinos, como exemplo de paixão pelo futebol e pelo nosso clube. Descanse em paz, Flávio. Obrigado por tudo”, concluiu a nota.
Flávio vinha tratando um câncer de próstata diagnosticado no ano passado, chegou a perder mais de 40 quilos, ficou três meses internado no hospital, mas na sequência havia apresentado melhora no quadro de saúde. No entanto, o câncer voltou de maneira fulminante.
Em 2024, amigos, ex-companheiros e torcedores se mobilizaram para fazer doações para Flávio, depois que ele passou por problemas financeiros.
Flávio Pantera, também foi ídolo do Athletico e Paraná Clube
Flávio Emídio dos Santos Vieira, o Flávio Pantera, nasceu em Maceió e iniciou a carreira no CSA-AL, no início dos anos 1990. Entre 1991 e 94, foi bicampeão estadual pelo clube alagoano e chamou a atenção do Furacão.
Em 1995, foi contratado como reforço do Athletico que, na época, disputava a Série B do Brasileirão, e acabou campeão da disputa.
A partir de 1998, após a saída de Ricardo Pinto, Flávio assumiu a titularidade absoluta. A partir daí, o Pantera conquistou quatro Campeonatos Paranaenses, uma Copa Paraná, a Seletiva para a Libertadores e, por fim, o título histórico da Série A do Brasileirão, em 2001.
Em 2003, Flávio deixou o Furacão e teve uma rápida passagem pelo Vasco da Gama, antes de acertar com o Paraná Clube, ainda naquela mesma temporada.
Rapidamente, o Pantera virou titular absoluto do Tricolor, virou ídolo e foi o titular da conquista do Campeonato Paranaense de 2006, o último título da história paranista em torneios de elite.
No ano seguinte, Flávio foi o goleiro do Paraná na disputa da Libertadores 2007, na única oportunidade em que o time tricolor disputou o principal torneio do continente.
Flávio ainda defenderia o América Mineiro, por duas temporadas, entre 2010 e 2011, antes de retornar ao CSA, onde permaneceu por mais duas temporadas antes de encerrar a carreira.