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Eduardo Bolsonaro condiciona fim do tarifaço de Trump a anistia ampla e ataca STF

Filho de Bolsonaro vive atualmente nos EUA, onde atua politicamente para pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e o governo Lula

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar tom beligerante nesta sexta-feira (11), ao condicionar qualquer avanço nas negociações sobre o aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos ao Brasil a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”. A declaração foi feita na rede social X (antigo Twitter), após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reunir com o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar.

A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo, que revelou os bastidores da crescente crise entre Brasil e EUA, envolvendo interesses comerciais, alinhamentos políticos e a possível candidatura de Tarcísio à Presidência da República em 2026. O governador é considerado o principal nome do campo bolsonarista após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030.

Eduardo vive atualmente nos Estados Unidos, onde atua politicamente para pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua postagem, Eduardo usou linguagem agressiva para criticar o regime democrático brasileiro e reforçar a retórica golpista do bolsonarismo.

“Qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo caracu, pois isso já foi exaustivamente tentado no passado —e os americanos também já conhecem essas histórias”, escreveu o deputado.
A ofensiva de Eduardo veio logo após o ex-presidente americano Donald Trump declarar que, por ora, não pretende discutir as sobretaxas com Lula, mas que isso poderia mudar no futuro. Trump impôs tarifas mais pesadas a produtos brasileiros, num gesto que, segundo analistas, tem forte conotação política.

Enquanto isso, Tarcísio tenta se apresentar como uma figura moderada, disposta ao diálogo com o governo norte-americano e com o setor produtivo. “Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa”, declarou o governador.

A movimentação de Tarcísio, porém, gerou desconforto entre os aliados mais próximos de Bolsonaro. Há temor de que sua imagem se desgaste perante a base bolsonarista caso ele se distancie do discurso de enfrentamento ao STF. Por outro lado, uma adesão explícita às tarifas de Trump poderia gerar desgaste com o agronegócio, o mercado financeiro e o eleitorado mais moderado.

Fonte: Brasil 247

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