O estado de Alagoas confirmou, nesta sexta-feira (8), a quarta morte provocada por meningite neste ano. A vítima é um bebê de apenas oito meses, morador do bairro Jacintinho, que faleceu após dar entrada no Hospital da Criança, na madrugada da última quinta-feira (7). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o diagnóstico apontou meningite meningocócica, forma mais grave da doença.
Além do menino, outras duas crianças e um adulto também morreram pela mesma infecção em 2025. Três das vítimas residiam em Maceió e a quarta era moradora de Campo Alegre. Até o momento, o estado registrou 12 casos confirmados de meningite neste ano: sete na capital e um em cada um dos seguintes municípios — Campo Alegre, Flexeiras, Arapiraca, Rio Largo e Palmeira dos Índios.
Em 2024, foram confirmados 23 casos e oito mortes pela doença em Alagoas, segundo dados da Sesau. Com o aumento de registros, o alerta para prevenção foi reforçado, com foco na atualização da caderneta de vacinação.
A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou outros agentes. A forma bacteriana é a mais perigosa e pode provocar sequelas graves ou levar à morte. Por ser uma doença imunoprevenível, a vacinação é considerada a principal medida de proteção.
Conforme o Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina meningocócica ACWY, que protege contra quatro sorogrupos da bactéria (A, C, W e Y), está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os 102 municípios alagoanos.
O esquema de imunização começa aos 3 meses de idade, com a primeira dose da meningocócica C, seguida por uma segunda aos 5 meses. Aos 12 meses, é aplicado o reforço com a meningocócica ACWY, ampliando a cobertura contra mais sorogrupos. Adolescentes de 11 a 14 anos também devem receber uma dose da ACWY para completar a proteção.
COM/ASSESSORIA