A atual prefeita de Lagoa da Canoa, Edilza Alves de Souza (PP), será julgada pela Justiça Eleitoral, a partir desta quinta-feira (21), acusada por envolvimento em um escândalo em compra de votos nas eleições do ano passado. O caso foi divulgado com exclusividade pelo ACTA, no dia 4 de setembro de 2024, às vésperas do pleito eleitoral.
Edilza Alves é suspeita de liderar, com a ex-prefeita Tainá Veiga um esquema criminoso de compra de votos e de abuso de poder político e econômico para manipular o resultado das eleições. Prefeita do município por dois mandatos, Tainá Veiga pode se tornar inelegível, também por participação direta no envolvimento dos crimes.
Os vídeos escandalosos denunciados na época motivaram uma operação da Polícia Federal, revelando negociações suspeitas e indícios claros de compra de voto, com o envolvimento direto de pessoas que participam da gestão de Edilza Alves.
As condutas reiteradas de uso da máquina pública por Tainá para favorecer a então candidata Edilza, além de evidências de compra de votos, transferências irregulares de títulos de eleitor, são alguns dos fatos que podem levar à perda do mandato da chapa eleita.
A ação (processo nº 0600449-68.2024.6.02.0044), que corre na 44ª Zona Eleitoral de Girau do Ponciano, pode resultar na cassação do mandato da prefeita e na inelegibilidade por oito anos dos envolvidos. Também são alvos da investigação Elialdo Ferreira Alves, Valderez Faustino dos Santos, Jadielson Tavares Rodrigues, Genival Vieira Sampaio e Ednaldo Fernando Santos Lima — nomes ligados ao núcleo político da prefeita.
Confira o vídeo que mostra as imagens de flagrante de compra de votos nas eleições de 2024, em Lagoa da Canoa:
