O senador Renan Calheiros (MDB) foi às redes sociais para elogiar a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que manteve a eleição para governador-tampão, marcada para esta segunda-feira (02).
A escolha, será feita pela Assembleia Legislativa, de forma indireta – tendo os deputados como eleitores –, e chegou a suspensa por liminar concedida pela juíza Maria Ester Manso.
“Correta e firme a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, barrando a tentativa de golpe institucional patrocinada pela falange bolsonarista de Arthur Lira e financiada pelo orçamento secreto”, escreveu o senador, em postagem na rede social Instagram, referindo-se à derrubada da liminar, mantendo assim a eleição.
“Está mantida a legalidade na sucessão estadual”, acrescentou.
A postagem é ilustrada com uma imagem em que aparecem Arthur Lira (PP) ao lado de Jair Bolsonaro (PL) – como se este o estivesse orientando.
A eleição foi marcada porque Alagoas vive uma situação peculiar: com a renúncia de Luciano Barbosa, há três anos, o Estado não tem vice-governador desde então.
E, no início deste mês, com a renúncia do titular, Renan Filho (MDB), para concorrer ao Senado, o cargo seria ocupado pelo presidente da Assembleia; o que, entretanto, o impediria de concorrer à reeleição.
A chefia do Executivo de Alagoas foi assumida, então, pelo terceiro na linha de sucessão, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Klever Rêgo Loureiro.
Mas, pela lei, ele tem trinta dias para convocar a eleição para quem vai ocupar o cargo até o fim deste ano.
O PSB entrou com ação contestando a eleição, que até o momento tem mais de uma dezena de candidatos – a minoria, deputados; já que qualquer cidadão que cumpra as exigências legais, como idade mínima, pode se candidatar.
“Até os próprios autores e apoiadores da patranha admitem, cinicamente, que ela não tem amparo constitucional; é manobra rasteira e sem substância”, criticou Calheiros, em outra passagem da postagem.
“Lamentável é o Poder Judiciário alagoano precisar perder tempo e energia para varrer expedientes desse tipo. Cedo ou tarde, esses golpistas também terão que encarar a face dura da Justiça para se explicar”, concluiu.