O senador Rodrigo Cunha (PSDB) deve participar da reunião do secretariado de governo de São Paulo, na próxima segunda-feira (21), como convidado especial do governador João Dória.
O anúncio foi feito pelo próprio governador, em entrevista à Rádio Nova Brasil FM, em que reafirmou sua postura, quando estiver na campanha para a Presidência. Mas, se esquivou de comentar a possível candidatura de Cunha ao governo de Alagoas – alegando ser uma questão interna do diretório estadual.
Dória voltou a fazer duras críticas ao ex-presidente Lula (PT), falou de sua relação com o ex-juiz Sérgio Moro (PODEMOS) e do arrependimento em apoiar a eleição de Jair Bolsonaro (PL).
O governador venceu a disputa interna no partido, nas prévias do PSDB, e deverá ser o candidato da legenda ao Planalto.
Na entrevista, o governador de São Paulo voltou a atacar o ex-presidente Lula (PT) e a criticar o antigo aliado Geraldo Alckmin (PSB):
“Eu jamais seria vice de um corrupto. Você pode gostar de mim ou não gostar. Tem gente que me julga porque eu uso calça apertada, cabelo penteado. Mas, o julgamento não deve ser pelo que uma pessoa veste. Eu faço o julgamento pelo caráter de uma pessoa, pela sua conduta. Eu condenei a atitude de Alckmin, mas, sem desrespeitá-lo”, disse.
E não poupou críticas a Lula:
“Não posso apoiar quem compra sítio, compra triplex e manda dinheiro para o exterior – para Luxemburgo e para a Suíça”, frisou, mesmo se desculpando aos que apoiam o petista.
“Em Alagoas mesmo, nós temos bons exemplos: o senador Rodrigo Cunha, [a deputada federal] Tereza Nelma e o [deputado federal] Pedro Vilela, que são pessoas honestas, que fazem política de maneira correta”, disse, referindo-se a representantes tucanos de Alagoas no Congresso Nacional.
“Eu não tenho compromisso com o erro: nós já erramos no ‘remédio’, com Bolsonaro, para tirar Lula do poder. Agora, vamos errar de novo, colocando Lula de volta?”, questionou.
“Bem antes da pandemia, minha decepção com Bolsonaro foi absoluta. Eu me arrependo, sim – e muito”, disse Dória.
Questionado sobre o ex-juiz Sérgio Moro, o governador de São Paulo disse que tem uma boa relação com o também pré-candidato, por quem tem “muito respeito”.