Indústria inaugura coprocessamento e torna Alagoas referência internacional em sustentabilidade

Nesta quinta-feira (13), é celebrado mundialmente o Dia do Conservacionismo: um movimento global para a proteção ambiental, bem como de recursos naturais, por meio da relação harmoniosa das atividades humanas com a natureza.

Para fortalecer esse ideal, a Alagoas Ambiental inaugurou neste mês um novo serviço como alternativa sustentável para a destinação de resíduos: o coprocessamento.

A engenheira química da indústria, Andreza Perdigão, explica os principais benefícios desse processo.

“A blendagem para coprocessamento consiste em triturar e misturar os resíduos industriais para produzir o CDRI – Combustível Derivado de Resíduos Industriais, utilizado como combustível alternativo em fornos de fabricação de cimento. Além de gerar energia, a produção de CDRI também contribui para a redução do volume de resíduos destinados a aterros sanitários, para a mitigação dos impactos ambientais associados à disposição inadequada de resíduos sólidos, para a preservação dos recursos naturais e para a redução da emissão de gases do efeito estufa”, detalha.

Na prática

Por ter alto poder calorífico, o material coprocessado é utilizado como combustível alternativo em fornos de fabricação de cimento, seguindo os critérios da Resolução 499/20 do Conama, que regulamenta a prática.

O processamento começa com o recebimento e a triagem dos resíduos, que em seguida são triturados em um equipamento específico, semelhante a um grande processador. Após isso, é feita a blendagem (mistura) do material triturado.

Depois, o CDRI ainda passa por um controle de qualidade e só então é enviado para as cimenteiras, garantindo que não seja gerado qualquer tipo de poluição nos processos. 

Além de movimentar a economia, a prática gera diversos benefícios para o meio ambiente, tais como:

• Preservação de recursos naturais, com a redução do uso de combustíveis fósseis;

• Redução da emissão de gases do efeito estufa;

• Aproveitamento dos resíduos como recurso para a produção de novos materiais (circularidade);

• Diminuição do volume de resíduos destinados a aterros sanitários;

• Redução de custos logísticos;

• Descarte e descaracterização de produtos e insumos obsoletos, seguindo os critérios de segurança patrimonial da marca.

O coprocessamento também favorece a redução dos resíduos perigosos (Classe 1), que apresentam características inflamáveis, corrosivas, tóxicas ou risco de contaminação. 

O gerente de marketing da indústria, Tarciso Neto, explica que além de garantir mais segurança para a população e o meio ambiente, esse processo reduz o uso de combustíveis fósseis e o volume de resíduos, de maneira geral.

“Acreditamos que inovação e sustentabilidade devem caminhar juntas, e por isso investimos continuamente em tecnologias de ponta para otimizar nossos processos, minimizar riscos à população e reduzir impactos ambientais. Tudo isso promovendo a economia circular. Imagine o que significa esses resíduos perigosos simplesmente deixarem de existir após a transformação em energia térmica. É um grande ganho para todos e algo jamais visto aqui”, destacou.

Referência

Segundo ele, graças a esses investimentos, o estado hoje é referência internacional no segmento e serve de modelo também quando o assunto é a redução do volume de resíduos em aterros.

“Nosso compromisso vai além do cumprimento das normas ambientais, pois buscamos ser protagonistas na transformação do setor, estabelecendo novos padrões para a preservação. Alagoas já é referência nessa área, e vamos continuar liderando esse movimento, conectando indústria, sociedade e meio ambiente em um modelo de crescimento responsável e inovador”, concluiu.

A Alagoas Ambiental já está habilitada a receber os resíduos utilizados na blendagem e já garantiu parceiros que utilizam o material como combuativel alternativo pra geração de energia térmica.