Policiais civis derrubaram, na tarde desta quarta-feira (11), um memorial inaugurado na semana passada, no Jacarezinho, para lembrar os mortos na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. Ao todo, a incursão em 6 de maio do ano passado deixou 28 mortos.
Vídeos e fotos enviados ao g1 mostram a ação dos policiais. Pelas imagens, os agentes que participaram da demolição são da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.
Pela foto acima também é possível ver que um “caveirão” (blindado) da Core, a tropa de elite da corporação, foi usado para derrubar a estrutura.
No memorial, inaugurado na sexta-feira passada, constavam os nomes dos 28 mortos na operação. Inclusive o do policial civil André Frias, assassinado por traficantes naquele dia.
Investigações concluídas
Também na semana passada, um ano depois da operação, o Ministério Público estadual (MPRJ) denunciou à Justiça os policiais civis Amaury Godoy Mafra e Alexandre Moura de Souza pelos assassinatos de Richard Gabriel da Silva Ferreira e Isaac Pinheiro de Oliveira.
A apresentação da denúncia à Justiça marcou o encerramento das investigações pelo MP, que montou uma força-tarefa para apurar 13 situações nas quais foram mortas as 28 pessoas.
Os policiais Amaury e Alexandre foram acusados pelo órgão de executar dois suspeitos. A eles também foram atribuídos os crimes de fraude processual e de forjar o cenário no local das mortes.
Além deles, os traficantes Adriano de Souza de Freitas, o “Chico Bento”, e Felipe Ferreira Manoel, conhecido como Fred, também foram denunciados pelo MP pelo homicídio duplamente qualificado do policial civil André Leonardo de Mello Frias.
O traficante identificado como autor do tiro que matou o policial morreu em uma troca de tiros com a Core. Segundo a polícia, João Carlos Sordeiro Lourenço, de 23 anos, era conhecido como Jota e subiu na hierarquia da quadrilha depois de ter assassinado André Frias.
E outros dois policiais são réus na Justiça pela morte de Omar Pereira da Silva, de 21 anos, baleado no Beco da Síria, no Jacarezinho. Douglas Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira Pereira têm audiência do processo marcada para o dia 29 de junho.
FONTE: g1