Oprazo de 48 horas que o ministro Gilmar Mendes deu para que o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa explicassem o método de realização da eleição indireta para governador de Alagoas terminou na última quarta-feira (4). A semana já terminou e o estado segue sem uma definição se ou quando o novo chefe do Executivo estadual será escolhido.
Toda essa novela começou quando, alguns dias antes da sessão da ALE onde os deputados se reuniriam para escolher os novos governador e vice, o PSB entrou com ação na Justiça para impedir a realização da votação. O motivo alegado era a falta de transparência e questionamentos sobre a legislação – recente – que definiu como seria feita a escolha.
A partir daí, a ação passou pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), até chegar no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período, o processo de escolha foi suspenso e retomado algumas vezes até, mais recentemente, chegar às mãos de Gilmar. Até que ele decida, o desembargador Klever Loureiro, presidente do TJ, segue à frente do Estado. Ele ficaria no cargo por apenas 30 dias.
Mais de uma dezena de candidatos disputam a vaga, mas um nome é apontado como favorito – isso desde antes da renúncia de Renan Filho (MDB), onde começou toda essa históri: o deputado estadual Paulo Dantas (MDB). Segundo apuração do comentarista de política do Acta, Felipe Farias, para o grupo de Dantas, já está definida a estratégia adversária: adiar o quanto possível a eleição indireta para tirar o tempo em que este poderia se apresentar ao eleitorado alagoano – como governador-tampão.
Ainda segundo Farias, o PSB já desistiu da ação. Mas isso também depende de decisão do ministro Gilmar Mendes.
São muitas as questões ainda a serem respondidas até que a cadeira de governador do Estado seja ocupada por um novo nome.
Na semana passada, o Jornal do Acta conversou com dois nomes, um a favor outro contra a suspensão da eleição indireta em Alagoas, para entender um pouco mais a respeito desse “cabo de guerra”.
Primeiro, o senador Rodrigo Cunha (PSDB). O partido dele é aliado do PSB, partido presidido em Alagoas pelo prefeito de Maceió, JHC; e também do PP, de Arthur Lira.
Cunha explicou as razões que levaram à ação. Assista abaixo a entrevista na íntegra:
O Jornal do Acta também conversou com a situação. O deputado estadual Bruno Toledo (MDB) defendeu a eleição indireta e a forma como ela deve ser realizada; e criticou os políticos que, na opinião dele, tentam “tumultuar” a eleição.
Assista abaixo à entrevista de Toledo na íntegra: