José Leão da Silva Júnior foi condenado nesta segunda-feira (26), pelo Tribunal do Júri, a 24 anos de reclusão em regime fechado. Ele foi acusado de atropelar e matar Bruna Carla da Silva Cavalcante em agosto de 2011, no bairro da Jatiúca.
Segundo o promotor de Justiça Paulo Victor Sousa Zacarias, da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, a pena foi aplicada conforme pedido do Ministério Público (MP/AL), reconhecendo a prática do crime de homicídio doloso duplamente qualificado, pelos motivos de perigo comum e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ambos previstos no artigo 121 do Código Penal.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), a vítima, que na época tinha 19 anos, foi atropelada quando o réu ultrapassou o sinal vermelho em alta velocidade na avenida Júlio Marques Luz, por volta das 18h30, e a atiningiu.
Após o atropelamento, o motorista teria desligado os faróis, passado o carro por cima do corpo de Bruna e fugido do local.
Posteriormente, em depoimento, José Leão afirmou que, no momento do acidente, pensou que tivesse passado por cima de uma caixa. Ele negou ter bebido e disse que o local do acidente estava escuro.
O réu foi pronunciado em fevereiro de 2014 e será julgado por homicídio duplamente qualificado (meio de que possa resultar perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima). A defesa interpôs recursos no Tribunal de Justiça de Alagoas, mas foram denegados. A sessão do júri será conduzida pelo juiz Ewerton Carminati.