OYouTube tirou do ar o vídeo com a íntegra da transmissão da audiência pública sobre o passporte vacinal nas escolas, promovida pela Câmara de Vereadores de Maceió na quinta-feira (3). A informação foi confirmada ao Acta pela assessoria de comunicação da casa legislativa municipal.
A audiência havia sido proposta pela vereadora Gabby Ronalsa, e contou com a participação da população e profissionais médicos, a maioria contrário à obrigatoriedade do comprovante para as crianças.
Quem acessa o canal da Câmara no YouTube encontra apenas um vídeo de pouco mais de 20 minutos com um trecho da audência, e nada da transmissão completa.
Segundo a assessoria da Casa, a transmissão chegou a ser derrubada enquanto acontecia (restando apenas o vídeo de 20 minutos). A equipe técnica foi obrigada a abrir uma nova transmissão, que foi posteriormente derrubada.
Vídeo com a íntegra da audiência não está mais disponível no canal da Câmara de Maceió. FOTO: reprodução
O motivo alegado pela plataforma é que o vídeo feria as diretrizes da comunidade. Não se sabe, no entanto, se houve alguma denúncia ou se o vídeo foi identificado pelo algoritmo do site.
Em nota enviada à imprensa no ano passado após ter derrubado mais de 100 mil vídeos sobre vacinas da Covid, o YouTube alegou que “conteúdo falso, que sugira especificamente que as vacinas aprovadas são perigosas e causam efeitos crônicos, que afirme que as vacinas não reduzem a transmissão do vírus ou a taxa de pessoas doentes, ou que traga informações enganosas sobre os ingredientes das vacinas, será removido”.
Remoção provocou polêmica
O vereador Leonardo Dias foi às redes sociais para criticar a decisão do YouTube de retirar o vídeo do ar.
“Uma censura absurda sobre uma Casa que tem a missão de dar voz à população e de debater os temas de interesse da sociedade. Apresentei um requerimento para que a Procuradoria seja acionada e possa ajuizar uma ação contra o YouTube”, afirmou o vereador.
A vereadora autora da audiência ainda não havia se pronunciado até o fechamento deste texto.
A Câmara informou à reportagem que não vai se pronunciar oficialmente sobre o caso.