A promotora de justiça Gilcele Dâmaso de Almeida Lima, da 20ª Promotora de Justiça da capital, abriu nesta terça-feira (19) um procedimento preparatório para apurar a notícia crime que apontou irregularidades na realização do concurso da Polícia Militar de Alagoas. A informação foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público (MP-AL).
O certame foi suspenso pela Justiça no dia 15 de setembro, um mês após a aplicação das provas. Um grupo de candidatos ingressou com uma ação coletiva, alegando que se sentiu lesado por supostas fraudes. No mesmo dia, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio do Estado de Alagoas (Seplag), informou a suspensão do concurso até o final da apuração das denúncias.
No despacho do MP, Gilcele Dâmaso argumentou que além da série de supostas irregularidades ocorridas durante a realização das provas, a ausência de resposta por parte da Seplag ao ofício encaminhado por pela Promotoria de Justiça para esclarecimento do fato foi determinante para a avaliação da abertura de um possível inquérito civil.
O MP informou ainda que será expedido novamente ofício à Seplag, requisitando informações acerca das providências adotadas em relação às denúncias. Outro pedido que será feito pela promotoria é o acesso a informações sobre o andamento do inquérito policial, por parte da Polícia Civil.
O consurso da Polícia Militar de Alagoas teve 67.884 pessoas inscritas, disputando 1.060 vagas, distribuídas entre os cargos de Soldado e Oficial, ambos de nível médio. Os salários variavam de R$ 4.250,06 e R$ 8.099,94, respectivamente, após o curso de formação.