A CPI do Senado que investiga a pandemia pode ser prorrogada. A informação foi prestada pelo presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD–AM).
Em entrevista antes do início dos trabalhos desta terça-feira (14), o senador informou que há possibilidade de o prazo para conclusão dos trabalhos ser prorrogado.
A primeira sessão em duas semanas será dedicada ao depoimento de Marcos Tolentino, representante do Fib Bank, que apesar do nome, nem sequer é instituição, mas, deu garantia de R$ 80 milhões nas transações para compra de vacina – operações cercadas de irregularidades.
Segundo ele, esta semana, o grupo deve receber informações e documentos com denúncias de mais um caso envolvendo pessoas do Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin.
Os dados mostrariam a existência de mais um esquema para a compra do imunizante, que diante das denúncias, acabou suspensa.
Mas, por não os ter ainda em mãos, o presidente da CPI não quis adiantar a que se referia.
Nessa segunda-feira (13), os integrantes da CPI mencionaram, pela primeira vez, uma data precisa para o fim dos trabalhos da CPI: 29 de setembro.
Na entrevista, Aziz acrescentou detalhes de como seria essa finalização: os senadores que compõem a CPI receberão cópias do relatório com, pelo menos, 24 horas de antecedência, para que possam analisá-lo.
O que marca o encerramento da CPI é, na prática, a votação – e aprovação – do relatório.
Até o momento, apenas o relator, senador Renan Calheiros (MDB–AL), tem acesso a todo o conteúdo desse texto: descrições, transcrições, anexos e documentos.
Mas, Aziz adiantou que entre as propostas existe uma sugestão para mudança no Regimento da Câmara – que deverá ser encaminhado à Presidência da Mesa diretora da casa.
E o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede – AP), informou que o texto final deve trazer pelo menos 25 indiciados por diversos crimes.
O presidente Omar Aziz admitiu que deverá haver contestações ao relatório, mas, que a aprovação só se dará após o texto ser submetido ao plenário da Comissão e votado.
A exemplo do que acontece com as matérias votadas em comissões permanentes e no próprio plenário, o relatório será submetido aos senadores e votado. Nesse processo, poderá ter partes supridas, acrescentadas, mas, ficará valendo o que for aprovado pela maioria.