O número de óbitos pela Covid-19 registrados nessa segunda onda da pandemia em Alagoas se aproxima do pico de mortes da primeira onda, no ano passado. O número de casos também segue subindo. As informações são do novo boletim do Boservatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC), da Ufal, divulgado nesta segunda-feira (29).
De acordo com o relatório, a 12ª Semana Epidemiológica, o estado registrou 151 óbitos causados pela Covid-19. Esse valor, 13% maior que o da semana passada, é próximo das 158 mortes observadas na primeira onda.
Com relação aos casos confirmados, houve uma queda de 30%. Houve, no entanto, um aumento de 150% no ritmo de testagem do Laboratório Central do Estado (Lacen) nas duas últimas semanas. A proporção de confirmações não mudou: 43%.
O número de casos suspeitos também se mantém inalterado, acima dos 10 mil todos os dias.
Ocupação
Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios se encontram com lotação total dos leitos exclusivos para pacientes com a Covid-19. Até o último levantamento feito pelo observatório, Arapiraca possuía apenas dois leitos de UTI disponíveis.
No Sertão, houve aumentos de casos confirmados e óbitos, com números superiores aos da primeira onda. A região apresentou 131 casos confirmados e 6 óbitos. Este último é 3 vezes maior que o da semana anterior.
Seguindo nesse ritmo de ocupação de leitos, a previsão do observatório é que a totalidade seja atingida até o fim desata semana. Com a distribuição irregular de vagas entre municípios, outros podem acabar entrando em colapso.
Mortalidade
O índice de mortalidade dos pacientes entubados com a Covid-19 está na casa dos 80% em todo o país.
“Por isso, a estabilização aparente no número de casos e internações não deve ser tomada por garantida, podendo a saturação do sistema de saúde ainda ocorrer caso não hajam medidas de contenção”, diz trecho do relatório.
O relatório conclui dizendo que é importante que haja a imunização coletiva para o controle da transmissão no estado. Além disso, as medidas apontadas pela Fundação Oswaldo Cruz, como isolamento e 14 dias de restrição, ainda podem ser necessárias.