Com a chegada dos meses de agosto e setembro, especialistas em saúde intensificam o alerta para o aumento da presença de escorpiões, marcando o início do período reprodutivo desses animais. Nesta época, é comum o crescimento dos casos de acidentes com picadas, sobretudo em áreas urbanas, segundo alerta o médico do Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, Paulo Lincoln.
Para se ter ideia, antes somente no primeiro semestre deste ano, a unidade hospitalar, que é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), registrou 105 atendimentos relacionados a acidentes com escorpiões. O dado reforça a importância da prevenção e da atenção redobrada, especialmente em ambientes com acúmulo de entulhos, lixo ou materiais orgânicos, que favorecem o abrigo dos aracnídeos.
De acordo com especialistas, o clima mais quente e seco típico desse período favorece a reprodução e o deslocamento dos escorpiões em busca de abrigo e alimento, aproximando-os das residências, principalmente durante a noite. Crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis às complicações causadas pelo veneno.
O médico Paulo Lincoln reforça a importância da agilidade no atendimento. “O tempo entre a picada e o início do tratamento pode ser decisivo, especialmente nos casos mais graves. A população precisa estar atenta aos sinais, como dor intensa, inchaço, sudorese e vômitos, e não subestimar os sintomas”, alerta.
O Hospital Ib Gatto Falcão dispõe de uma equipe capacitada para o atendimento desses casos, atuando com protocolos específicos que garantem rapidez na assistência e uso de soro antiescorpiônico, quando necessário. Além do atendimento emergencial, a unidade também promove ações educativas voltadas à prevenção.
Entre as principais recomendações estão manter quintais e terrenos limpos, vedar ralos e frestas, eliminar o acúmulo de entulhos e materiais inservíveis, além de usar calçados ao circular por áreas externas ou menos frequentadas da casa.
Em caso de picada de escorpião, ainda de acordo com Pedro Lincoln, é fundamental buscar atendimento médico imediato. “Não se deve aplicar substâncias caseiras, nem fazer torniquete. O ideal é lavar o local com água e sabão e se dirigir à unidade de saúde mais próxima para avaliação médica”, destaca.
Fonte: Assessoria