14/07/2021 às 10h58 - atualizada em 14/07/2021 às 21h30
Derek Gustavo
Maceió / AL
A ossada achada em Piaçabuçu em abril deste ano é da estudante Roberta Dias, desaparecida desde 2012. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Criminalística de Alagoas (IC), após análise do material localizado pela família da jovem.
Um crânio havia sido encontrado por populares no dia 18 de abril, em uma área de praia do povoado Pontal do Peba. Três dias depois, no dia 21 de abril, a mãe de Roberta voltou ao local e encontrou outras partes da ossada e também um sutiã, que segundo ela pertencia à sua filha.
No dia em que o material foi encontrado, o Acta trouxe detalhes sobre o caso e também uma entrevista com a mãe da estudante. Confira abaixo:
Após a localização da ossada e com a suspeita de que pertencia à Roberta, o setor de DNA do de Medicina Legal de Arapiraca enviou ao Laboratório Genética do IC amostras de fragmentos de ossos e dentes para o exame de DNA. Após, a extração do perfil genético desse material, a perita criminal realizou o confronto genético com o material biológico da mãe de Roberta, a senhora Mônica Costa.
Para realizar os exames, o IML de Arapiraca enviou para o Laboratório de Genética Forense o crânio e 06 (seis) elementos dentários da arcada superior pertencentes ele, encontrados no dia 18 de abril. Também foram analisados um fragmento do fêmur e 04 (quatro) elementos dentários da arcada inferior pertencentes à ossada encontrada no dia 21 de abril.
Marina Mazanek, perita criminal responsável pelo exame, esclareceu que a ossada foi encontrada enterrada em estado avançado de deterioração, degradação e alteração óssea, devido ao espaço de tempo, e às intempéries climáticas a que ela foi submetida. Que essas condições do material ósseo e dentário dificultaram o trabalho de extração do DNA para a devida identificação.
A perita explicou ainda que os exames de DNA precisam inicialmente comprovar se o crânio encontrado no dia 18 de abril pertencia a ossada encontrada posteriormente no dia 21, ou seja, se eram da mesma pessoal. Paralelamente essa análise, ela realizou o exame de comparação genética entre a ossada e o DNA da senhora Mônica Costa para confirmar a maternidade.
Após as análises, a perita descreveu no laudo que é possível concluir que é de 99,9999999% a chance das amostras de DNA dos dentes da arcada superior ser de uma filha biológica da senhora Mônica Reis. Os exames também concluíram que os dentes da arcada inferior, fêmur e osso do crânio pertencem ao mesmo indivíduo da amostra.
“Devido as amostras estarem bastante deterioradas, precisei realizar várias tentativas de extração do material genético, inclusivo usando técnicas diferentes até conseguir o perfil genético desses fragmentos. A partir do sucesso na extração do DNA dos fragmentos foi possível confrontar com o perfil genético da senhora Mônica Costa, mãe da jovem Roberta Dias. O resultado final do exame foi positivo”, explicou a perita.
Assim, que o exame de DNA ficou pronto, o resultado foi encaminhado para a técnica forense Lourdes Ramires, chefe do setor de DNA do Instituto de Medicina Legal de Arapiraca que comunicou conclusão do laudo para a mãe de Roberta Dias. O documento será ainda encaminhado para a delegacia responsável pela investigação e a outros órgãos do sistema de persecução penal que haviam solicitado o exame.
FONTE: com informações da Perícia Oficial
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