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04/03/2025 às 18h43 - atualizada em 05/03/2025 às 10h29

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MACEIO / AL

PMs em serviço são presos suspeitos de estuprar foliã em viatura em SP
Dupla de policiais deu carona para jovem em viatura. Ela enviou áudio e vídeos para a família afirmando ter sido abusada sexualmente.
PMs em serviço são presos suspeitos de estuprar foliã em viatura em SP
PMs de SP são acusados de estupro dentro de viatura. FOTO: divulgação/PMSP

Dois policiais militares foram presos em flagrante nessa segunda-feira (3/3), pela Corregedoria da corporação, depois de serem apontados por uma jovem como autores de um suposto estupro, em uma viatura da corporação, no domingo (2/3), após a vítima embarcar no carro policial em Diadema, na Grande São Paulo.


A corporação, por meio da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, afirmou em nota que a denúncia é apurada “rigorosamente” e que ‘todas as circunstâncias dos fatos são apuradas, inclusive com a análise das câmeras corporais [dos PMs]”. A defesa dos policiais presos não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.


O padrasto da vítima, segundo comunicação feita à PM, por meio do 190, afirmou que a sobrinha estava em um bloco de Carnaval, em Santo André, no ABC. Por volta das 22h05, já em Diadema, segundo o relato obtido pela reportagem, a foliã pediu ajuda ao soldado Leo Felipe Aquino da Silva e ao cabo James Santana Gomes, do 24º Batalhão.


Às 22h27, a jovem enviou áudio no qual pedia ajuda e afirmava ter sido abusada sexualmente. No registro feito pelo Centro de Comunicação da PM, consta ainda que os policiais teriam solicitado que a vítima apagasse a mensagem, “pois no áudio informa que os PMs abusaram dela sexualmente”.


Cinco minutos após o envio do áudio, a jovem encaminhou um vídeo feito dentro da viatura, bem como fotos dos dois policiais. O serviço reservado do 24º Batalhão, então, foi acionado para apurar a denúncia feita via 190.


Deixada em rodovia


No início da madrugada dessa segunda-feira, um oficial da PM recebeu os vídeos da jovem dentro da viatura. Ele afirma, conforme registros oficiais, não existir “ato libidinoso nas imagens”, acrescentando que, “porém, o último contato dela com o familiar foi às 22h [de domingo]”.


Os dois policiais apontados pela jovem como autores do suposto abuso foram encontrados posteriormente e, indagados, afirmaram ter “prestado apoio à moça”, acrescentando que ela supostamente “entrou em surto na viatura”.


Eles negam ter abusado sexualmente dela e, em decorrência do suposto surto, solicitaram que ela desembarcasse do carro policial, nas proximidades da Rodovia Anchieta. O soldado Leo e o cabo James portavam câmeras corporais, e as imagens serão analisadas pela Corregedoria da PM.


A jovem foi localizada por familiares, sem o celular, na Unidade de Pronto Atendimento do bairro da Liberdade, no centro da capital paulista. Antes disso, ela foi ao 26º Distrito Policial (Sacomã) e, como a denunciante estava emocionalmente transtornada, policiais civis acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a encaminhou à unidade de saúde.


Outro caso


Estão fora da cadeia dois ex-policiais militares condenados pelo estupro de uma cozinheira, quando ambos – que estavam na corporação e de serviço pela PM – ofereceram uma carona para a vítima, à época com 19 anos, em 2019 em Praia Grande, litoral paulista.


O atual ex-soldado Danilo de Freitas Silva, que abusou sexualmente da vítima, foi condenado a 16 anos de prisão. Ele estava lotado no 37º Batalhão na ocasião, do qual pediu exoneração em 17 de agosto de 2022. O motorista da viatura em que o crime ocorreu, o também soldado Anderson da Silva Conceição, foi condenado a sete anos, no regime semiaberto. Ele – que, na ocasião do estupro, era do 40º Batalhão – foi expulso da corporação em abril do ano passado.


Apesar da gravidade do crime, que contou com provas em vídeo – além de laudos periciais constatando a presença de sêmen na farda dos policiais e na roupa da vítima –, ambos os PMs ficaram atrás das grades somente entre 18 de junho e 16 de dezembro de 2019.


Desde então, eles seguem nas ruas e chegaram a continuar os trabalhos na corporação, antes de a repercussão sobre a soltura culminar na reavaliação do caso e na posterior saída deles da PM.

FONTE: Metrópoles

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