15/02/2025 às 16h30 - atualizada em 15/02/2025 às 14h52
Acta
MACEIO / AL
Uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) indica que as altas temperaturas no Rio de Janeiro estão diretamente relacionadas ao aumento da mortalidade na capital fluminense. O estudo alerta para os riscos especialmente elevados para idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, Alzheimer, insuficiência renal e infecções do trato urinário. Os dados foram analisados com base nos Níveis de Calor (NC) do protocolo da Prefeitura do Rio, que variam de 1 a 5. No Nível 4, quando a temperatura ultrapassa 40°C por quatro horas ou mais, há um aumento de 50% na mortalidade por doenças como hipertensão e diabetes entre idosos. No Nível 5, com índice de calor acima de 44°C por duas horas ou mais, o risco é ainda maior.
Populações vulneráveis são as mais afetadas
O autor do estudo, João Henrique de Araujo Morais, destaca que grupos como idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores expostos ao sol e moradores de áreas urbanas com ilhas de calor são os mais impactados. Ele reforça a necessidade de medidas de adaptação climática para proteger essas populações. A pesquisa também introduziu uma nova métrica, a Área de Exposição ao Calor (AEC), que considera o tempo de exposição ao calor intenso. Por exemplo, idosos expostos a uma AEC de 64°Ch têm um aumento de 50% no risco de morte por causas naturais, enquanto uma AEC de 91,2°Ch dobra esse risco.
Exemplo prático: Duração do calor faz toda a diferença
O estudo comparou dois dias com índices de calor semelhantes: 12 de janeiro de 2020 (32,69°C) e 7 de outubro de 2023 (32,51°C). No segundo dia, o calor durou mais tempo, resultando em uma AEC de 55,3°Ch, enquanto no primeiro dia a AEC foi de apenas 2,7°Ch, mostrando como a duração da exposição amplia os riscos. João Henrique sugere que a métrica AEC seja usada para desenvolver protocolos de prevenção em outras cidades, semelhantes ao Protocolo de Calor do Rio, que inclui medidas como pontos de hidratação, adaptação de atividades de trabalho e comunicação constante com a população. Essas ações são essenciais para proteger a saúde, especialmente dos grupos mais vulneráveis, diante da crescente emergência climática.
FONTE: COM/AGÊNCIAS
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