18/10/2024 às 09h54 - atualizada em 18/10/2024 às 13h05
Acta
MACEIO / AL
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio do Núcleo de Investigação Especial (NIESP), prendeu, na última quinta-feira (17), em Piaçabuçu, no Litoral Sul de Alagoas, uma mulher de 37 anos suspeita de liderar uma facção criminosa feminina no estado, comandando suas operações diretamente de São Paulo, através de videoconferências pelo WhatsApp. A mulher também é acusada de ordenar a morte de duas adolescentes em Maceió, em 2020.
De acordo com Welber Cardoso, chefe de operações do NIESP, a suspeita é natural de São Paulo, mas tentava viver discretamente em Alagoas, trabalhando em uma ótica no centro de Piaçabuçu. Ela alterava sua aparência com frequência e usava diversos apelidos para evitar ser identificada enquanto gerenciava atividades criminosas na facção.
A mulher já possuía um histórico criminal. Em 2019, foi presa em flagrante por tráfico de drogas em Cotia, São Paulo, onde atuava como líder do tráfico local. No ano seguinte, foi identificada como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Alagoas, através de investigações do Grupo de Inteligência do Ministério Público (Gaeco). Em 2020, foi denunciada e condenada a 7 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e participação em uma organização criminosa composta exclusivamente por mulheres ligadas ao PCC. Durante esse período, ela coordenava operações em Alagoas enquanto residia no Litoral Sul de São Paulo, utilizando videoconferências para comandar o grupo.
A suspeita também é acusada de ordenar a execução de duas adolescentes em Maceió, sob a alegação de que elas pertenciam a uma facção rival. Um dos crimes ocorreu no bairro Benedito Bentes, onde uma das vítimas, identificada como Maria Vitória Conceição Leite, foi capturada e levada ao "tribunal do crime" do PCC, comandado pela suspeita. Após ser interrogada, a adolescente foi morta e seu corpo enterrado em uma cova rasa, sendo encontrado dias depois em estado de decomposição. Um vídeo do julgamento realizado pelo tribunal do crime consta nos autos do processo. A forma como a segunda adolescente foi assassinada não foi detalhada.
Durante a prisão, um celular foi apreendido, mas a suspeita se recusou a fornecer a senha de desbloqueio. O aparelho será encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Maceió, para perícia.
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