01/10/2024 às 11h50 - atualizada em 01/10/2024 às 17h02
Acta
MACEIO / AL
O governo brasileiro deu início a uma operação para resgatar cidadãos que estão no Líbano. De acordo com o Itamaraty, mais de mil pessoas já demonstraram interesse em retornar ao Brasil, principalmente moradores de Beirute e da região do Vale do Bekaa.
A prioridade no resgate será dada a idosos, mulheres, crianças e pessoas que precisam de assistência médica.
A decisão foi tomada após uma conversa entre o presidente Lula e o chanceler Mauro Vieira, durante uma viagem ao México para acompanhar a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum. A embaixada brasileira em Beirute já vinha realizando consultas desde a semana passada e o número de pessoas interessadas tem crescido a cada dia.
Essa não é a primeira vez que o Brasil realiza uma operação desse tipo no Líbano. Em 2006, durante um conflito entre Israel e o grupo Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros foram repatriados.
As negociações entre os dois governos estão avançadas e o primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deve pousar em Beirute no próximo fim de semana para iniciar o resgate.
Conflito armado no Líbano
O Líbano tem sido alvo de bombardeios por parte de Israel, que está atacando posições do Hezbollah, grupo extremista que opera no país. Os ataques têm atingido civis e, até o momento, dois brasileiros já perderam a vida desde o aumento dos confrontos, em 20 de setembro. Na última segunda-feira (30), foi registrado também um avanço de tropas terrestres.
Mauro Vieira informou o presidente Lula sobre a situação em Beirute e as conversas que manteve em Nova York. No último sábado (28), o chanceler brasileiro se reuniu com o chanceler libanês, Abdallah Rashid Bou Habib, para discutir o momento atual do conflito e a possibilidade de resgatar os brasileiros.
Desde a semana passada, o Itamaraty vem estudando a melhor rota para a operação de resgate. Além do aeroporto de Beirute, que segue em funcionamento, o governo brasileiro avalia a possibilidade de utilizar bases aéreas russas na Síria, localizadas próximas à fronteira com o Líbano.
Outra opção, considerada mais complexa, seria realizar a retirada dos brasileiros via Chipre.
FONTE: Com informações do G1
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