07/11/2023 às 09h57
Acta
MACEIO / AL
O empresário Edson Lopes da Rocha, que atropelou e matou a policial militar Cibelly Barbosa, e feriu o noivo dela, Gheymison do Nascimento Porto, virou réu por cinco crimes após a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP-AL).
Entre os crimes, Edson Lopes foi indiciado por homicídio doloso contra Cibelly e tentativa de homicídio contra Gheymison. João José dos Santos, amigo do empresário, também se tornou réu por dois crimes. A decisão foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (6).
Edson Lopes da Rocha também vai responder pelos crimes de embriaguez ao volante, omissão do socorro e fuga do local do acidente. Já João José dos Santos vai responder pelo crime de favorecimento pessoal, que é quando alguém assegura a fuga de um criminoso, e por omissão de socorro.
O empresário foi preso temporariamente no dia 24 de outubro e teve a prisão convertida em preventiva no dia 27. No entanto, no domingo (29) ele passou mal e foi internado e permanece no Hospital de Emergência do Agreste (HEA).
A defesa dele entrou com pedido em segunda instância para que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, mas não foi atendida pelo desembargador José Carlos Malta Marques, que voltará a analisar a prisão após Edson Lopes receber alta médica.
Para Napoleão Júnior, que é advogado do policial que sobreviveu e da família da policial morta, a justiça só será feita quando o empresário estiver efetivamente preso em unidade prisional. “A justiça ainda não está feita na totalidade, em que pese o inquérito policial concluído e a denúncia ofertada, posto que não encontra-se encarcerado em presídio para cumprir a custódia preventiva decretada”, afirma.
Ao aceitar a denúncia nesta segunda-feira (6), o juiz Alberto de Almeida determinou que seja oficiado ao Instituto Médico Legal, requisitando o envio do Laudo de Exame Cadavérico da vítima Cibelly e do Laudo de Exame de Corpo de Delito da vítima Gheymison do Nascimento Porto, no prazo de trinta dias.
O magistrado determinou também que seja oficiado o Instituto de Criminalística para esclarecer sobre a velocidade do veículo conduzido pelo denunciado Edson no momento da colisão, no prazo de trinta dias. Além disso, deve ser oficiado o Perito Geral da Polícia Científica de Alagoas, requisitando o envio dos laudos definitivos solicitados pela autoridade policial.
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