21/10/2021 às 18h56 - atualizada em 22/10/2021 às 13h14
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A Polícia Civil de Alagoas apresentou um balanço, na tarde desta quinta-feira (21), da Operação Loki, que cumpriu 83 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisões preventivas, nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. 12 pessoas foram presas e cinco são consideradas foragidas. Entre os presos está o ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Flávio Luciano Nascimento Borges, apontado como líder da quadrilha. O grupo vai responder pelos crimes de Organização criminosa e fraude em certames de interesse público.
O delegado-geral de Polícia Civil, Carlos Reis, revelou que as investigações apontam que os envolvidos no esquema de fraude possivelmente estão envolvidos em outros crimes, como assalto a bancos e o tráfico de drogas. “Em uma das buscas apreensões de um possível aprovado, foi levantado que ele possivelmente teve a participação em um roubo a banco. Não podemos dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações. É uma operação complexa que terá outras fases”, revela.
Durante a operação, que contou com 250 policiais dos quatro estados citados, dois suspeitos de fazer parte do grupo criminoso foram flagrados com aproximadamente 1 kg de droga. Outro foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com o coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Gustavo Xavier, durante a ação também foram apreendidos 70 aparelhos celulares, 18 notebooks, seis computadores, 3 pontos eletrônicos e R$ 129 mil em espécie.
Durante a coletiva, o delegado José Carlos Santos informou que todos os equipamentos serão periciados e é provável que outros integrantes sejam identificados. “Vamos utilizar uma ferramenta israelense, que foi utilizada na Operação Lava Jato, no caso Henry Borel, para extrair todas as informações possíveis contidas nesses equipamentos. Nós acreditamos que nesses equipamentos vamos ter diversas informações para o inquérito. Vamos realizar oitivas e com certeza a operação terá uma nova fase”, ressaltou José Carlos Santos.
Como funcionava a fraude
Os candidatos que contratavam os serviços da quadrilha entravam no local da prova com um ponto eletrônico, ultra sofisticado, que não era detectado pelos equipamentos de segurança disponibilizados pela organizadora do certame. Para fazer parte do esquema, os candidatos pagavam o valor de R$ 10 mil antes da prova e sendo aprovado, completaria o acordo pagando mais R$ 40 mil à quadrilha.
Outra manobra investigada pela polícia é o repasse do gabarito por meio de mensagem SMS. O delegado Cayo Rodrigues, que efetuou as prisões junto à Polícia Civil da Paraíba, explicou que a organização contratava um grupo de profissionais especializados que respondiam as provas de forma ágil. “Esses resultados eram repassados por meio de SMS. Isso acontecia nos 15 minutos limite para o final das provas, onde já era permitida a saída do candidato com a prova”, explicou.
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