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MP denuncia Kel Ferreti e mais oito por lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais

Esquema envolvia influenciadores e distribuição de lucros via PIX

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A 17ª Vara Criminal da Capital aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) contra o influenciador digital e ex-policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, e outras oito pessoas, por envolvimento em uma organização criminosa, exploração de jogos de azar e lavagem de bens.

De acordo com a denúncia, Kel Ferreti é apontado como o líder do grupo, responsável por comandar o esquema de rifas ilegais promovidas pela internet. Ele vai responder também por promoção de loteria ilegal, crimes contra a relação de consumo e economia popular, além de nove acusações de lavagem de dinheiro consumada e uma tentativa.

Estrutura e divisão de lucros

O MP/AL apurou que a quadrilha operava rifas online não autorizadas, movimentando altos valores por meio de transferências via PIX e empresas de fachada, como a KP Publicidade LTDA, VOLUTI e MONETA.

A distribuição dos lucros seguia um acordo informal entre os integrantes:

Laís Cristina Oliveira Inácio ficava com 50% dos lucros;

Kel Ferreti, com 20%;

Eduardo Veloso da Silva Aguiar e Igor Campioni de Meneses, com 10% cada;

Os 10% restantes eram destinados à taxa do site.

A empresa KP Publicidade LTDA, administrada por Ferreti e Igor Campioni, movimentou R$ 499 mil em apenas 15 dias, entre 1º e 15 de agosto de 2023, com transferências fracionadas que variavam de R$ 0,75 a R$ 225,00.

Ganhos incompatíveis e lavagem de dinheiro

Segundo o MP, Myla Andrade Duarte Rocha, ex-esposa de Ferreti, recebeu R$ 307 mil apenas em janeiro de 2024, valor proveniente de publicidades de casas de apostas. Ela também teria realizado saques em espécie de R$ 190 mil e R$ 366 mil, incompatíveis com a renda declarada.

A influenciadora Laís Cristina movimentou R$ 931 mil entre janeiro e abril de 2024, enquanto Eduardo Veloso recebeu R$ 459 mil e repassou R$ 423 mil à mesma, em transações consideradas suspeitas.

As investigações indicam que o grupo usava empresas registradas formalmente para ocultar a origem ilícita dos recursos obtidos com jogos de azar online e fraudes bancárias.

Réus e andamento do processo

Além de Kel Ferreti e sua ex-esposa, também foram denunciados Igor Campioni de Meneses (o “Pai do Orgânico”), Laís Cristina Oliveira Inácio, Eduardo Veloso da Silva Aguiar, Danielle Pinheiro Duarte, Selma Regina de Oliveira Sabino, Leandro Camilo e Mirele Caetano Moreira da Silva.

O MP identificou Igor Campioni como colaborador do processo. Apesar de o Ministério Público ter solicitado perdão judicial antecipado, o pedido foi indeferido pelo juízo, que decidiu analisar a situação após a fase de instrução criminal.

A Justiça determinou a citação dos acusados, que terão 10 dias para apresentar defesa. O caso seguirá para instrução e julgamento.

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