Três suspeitos de participarem do assassinato de José Silvio Araújo da Silva, morto a tiros no município do Pilar no dia 26 de junho, morreram em confronto com a polícia na madrugada desta quarta-feira (9), em Teotônio Vilela. Entre eles estava Caleb, identificado como líder do grupo armado responsável pelo crime.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Alagoas, Caleb era investigado por comandar o crime organizado na região do Pilar e em bairros próximos de Maceió. Ele também é suspeito de envolvimento em outros homicídios. Os nomes dos outros dois mortos ainda não foram divulgados.
Segundo a SSP, durante a operação, que contou com o apoio da Polícia Militar e serviços de inteligência, os suspeitos reagiram e atiraram contra os policiais, que revidaram. Os três foram atingidos, chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
No local, os agentes apreenderam três armas de fogo e uma quantidade de drogas.
O assassinato de José Silvio ganhou repercussão após câmeras de segurança flagrarem o momento em que 17 homens encapuzados e armados passaram pela Travessa São José, no Pilar, na madrugada do dia 26 de junho. Sete deles invadiram a residência e executaram a vítima. As imagens mostram o grupo correndo pela rua, dois homens usando coletes, e um deles arrombando a porta da casa com um chute, seguido pelos comparsas. Enquanto isso, outros dois ficaram do lado de fora, apontando armas para o imóvel da frente, e o restante seguiu até o final da via.
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta que José Silvio havia se mudado recentemente para a região com o objetivo de disputar o controle do tráfico de drogas, o que teria motivado a retaliação do grupo criminoso. A suspeita é de que o bando pertença ao Comando Vermelho, facção que atua em diversos estados do país.
Além dos mortos no confronto desta quarta, cinco pessoas seguem presas suspeitas de integrar o mesmo grupo armado. A polícia acredita que a vítima fazia parte de uma facção rival, e o crime foi resultado da disputa pelo comando do comércio ilegal de entorpecentes na área.
