Começou nesta quinta-feira (31), em Maceió, o júri popular de Albino Santos de Lima, acusado de matar a adolescente Ana Clara Santos Lima, de 13 anos, em agosto de 2024. O julgamento ocorre no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, sob comando do juiz Yulli Roter.
Em depoimento emocionado, a mãe da vítima, Piedade Wilma, chorou ao lembrar da filha. “Minha filha era minha companheira, era meu tudo, me ajudava em tudo. Eu só tinha ela”, disse.
Ela contou que viu a movimentação da polícia na rua ao voltar pra casa. “Quando me aproximei, todo mundo olhando pra mim. Perguntei se ela estava viva e o policial disse que infelizmente não. Pedi pra ver minha filha e só vi os pezinhos dela.”
Ana Clara foi perseguida e baleada por Albino ao tentar se esconder em uma casa vizinha. O morador relatou que ela entrou já ferida e caiu na cama do casal. “Ouvi dois tiros, um deles na frente do meu filho de quatro anos. A criança está traumatizada.”
O réu, que chegou a confessar o crime em depoimento anterior, agora nega. Questionado sobre a contradição, respondeu: “Nem lá e nem cá.” Sobre a perícia que confirma a arma usada nos crimes, disse: “Nem tudo o que a perícia faz é a verdade.”
Durante o júri, o promotor Vilas Boas exibiu imagens encontradas no celular do acusado, com pastas nomeadas como “mortes especiais” e “odiadas do Instagram”. “Além de um psicopata, é um pervertido sexual. Isso me enoja”, afirmou.
O julgamento segue ao longo do dia. Albino é investigado por outros assassinatos com o mesmo perfil, como o da jovem Ana Beatriz, também de 13 anos.
