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É #FAKE que metanol foi detectado em lotes da Coca-Cola; posts usam montagem e vídeo manipulado com inteligência artificial

Conteúdos mentem ao citar falsa 'reportagem' do g1 e usar cena criada com IA na qual aparece a Renata Vasconcellos, apresentadora 'Jornal Nacional'. Em nota, Coca-Cola desmentiu alegações virais que falam de suposta 'contaminação' do refrigerante.

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Circulam nas redes sociais vídeos e posts dizendo que metanol teria sido detectado em lotes de Coca-Cola. É #FAKE.

O que mostram as publicações falsas?

  • Uma delas é um vídeo publicado neste domingo (5) no TikTok, onde teve mais de 38 mil compartilhamento. Ele exibe uma falsa “reportagem” do g1 – que nunca foi publicada – e tem o seguinte título: “Metanol é detectado em lotes da Coca-Cola”. O subtítulo também mente, ao dizer: “Substância tóxica foi identificada em testes laboratoriais feitos por órgão de fiscalização sanitária”.
  • A outra é um “reels” no Facebook com o título “Coca-Cola contaminada com metanol por todo Brasil” – o vídeo também vem sendo compartilhado no WhatsApp. Esse conteúdo usa inteligência artificial (IA) para criar um áudio fake e atribuir à jornalista Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional, uma declaração mentirosa: “Garrafas de Coca-Cola estão sendo encontradas contaminadas com metanol no Brasil, colocando a vida de milhares de consumidores em risco. O metanol, uma substância altamente tóxica, pode causar cegueira irreversível, falência dos órgãos e até levar à morte. Já são mais de 40 vítimas, com oito mortes confirmadas. Casos de intoxicação foram registrados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais com várias vítimas internadas”.
  • E continua: “O governo e a Coca-Cola estão investigando a origem dessa contaminação, mas a grande pergunta é: quantos mais lotes estão contaminados? Se você consumiu Coca-Cola recentemente, especialmente em lugares informais, fique atento aos sintomas de intoxicação, dor de cabeça intensa, náuseas ou visão embaçada. Caso sinta qualquer um desses sinais, busque atendimento médico imediatamente […]”.
  • As mensagens falsas aos recentes casos de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica. O balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado neste domingo (5), indicou 225 casos em todo o Brasil (16 confirmados e 209 em investigação. Do total, houve 15 mortes (13 delas em investigação).

🔍Usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, o metanol é um álcool altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.

⚠️ Por que as publicações são falsas?

A assessoria de imprensa da fabricante do refrigerante divulgou a seguinte nota: “São falsos os vídeos que circulam nas redes sociais associando a Coca-Cola a bebidas adulteradas com metanol. Não existe qualquer relação entre nossos produtos e os casos mencionados, nem há nenhuma investigação em andamento sobre a companhia. Reafirmamos que todas as nossas bebidas seguem rigorosos padrões de qualidade e segurança e são 100% seguras para consumo”.

Procurada pelo Fato ou Fake, a empresa completou: “Nos refrigerantes e bebidas não alcoólicas, não tem formação de metanol nas reações químicas. Não utilizamos metanol em nenhum processo relacionado à fabricação de nossas bebidas. Todos nossos ingredientes são de grau alimentício”.

O g1 jamais publicou uma reportagem com o título ou o conteúdo exibido no post que relata a suposta detecção de metanol em lotes de Coca-Cola. A imagem é uma montagem fraudulenta – erros de padrão denunciam a fraude.
Já o vídeo que usa a imagem de Renata Vasconcellos tem imagens de fundo com distorções típicas de conteúdos sintéticos. Entre elas, estão letras e palavras inexistentes nos rótulos de refrigerantes, cartazes, placas em prateleiras de supermercado e carros oficiais.

O Fato ou Fake submeteu o conteúdo falso à ferramenta Hiya Deepfake Voice Detector, que detecta áudios fabricados com IA. Resultado da análise: nota 1 (em uma escala que vai de 0 a 100). Um valor baixo como esse indica que o material analisado tem altíssima probabilidade de ser deepfake (técnica de adulteração que permite alterar conteúdos como vídeos e fotos).

Fonte: g1

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