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Dietas da moda: o que é mito, o que é verdade — e quais os riscos

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Em tempos de redes sociais aceleradas e promessas milagrosas de emagrecimento, não faltam modas alimentares que ganham destaque. Dietas que reduzem radicalmente o consumo de carboidratos, que excluem grupos alimentares inteiros ou que impõem longos períodos de jejum são cada vez mais comuns nas buscas por “corpo dos sonhos” ou “perda de peso em tempo recorde”.

Mas, afinal, essas dietas funcionam? E mais importante: são seguras?

De acordo com Dr. Djairo Araújo, médico com atuação e em nutrologia e e medicina esportiva, existe muita informação desencontrada circulando nas redes, e nem sempre aquilo que funciona para uma pessoa vai funcionar para outra.

“O ideal é buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer plano alimentar, mesmo que ele pareça ‘natural’ ou ‘fit’. Dietas da moda, se feitas sem acompanhamento, podem comprometer a saúde”, explica o médico
Djairo Araújo.

Sabendo disso, o especialista alerta sobre mitos e verdades das principais dietas populares do momento — e quais os riscos quando seguidas sem critério.

Dieta Dukan
Verdade: Essa dieta, que se tornou popular há mais de uma década, propõe 4 fases
(Ataque, Cruzeiro, Consolidação e Estabilização) e realmente pode acelerar a perda de peso inicial, por ser altamente restritiva e rica em proteínas. É possível perder peso sem precisar contar calorias, desde que as fases sejam respeitadas.

Mito: Promete perder até 5 kg na primeira semana, mas essa perda não é universal. Cada corpo responde de forma diferente, dependendo do metabolismo e da genética. Além disso, o alto consumo de proteínas pode ser prejudicial para quem tem problemas renais ou diabetes, podendo levar à hipoglicemia.

Dieta Low Carb
Verdade: Reduz o consumo de carboidratos para menos de 130g por dia, o que pode
acelerar o metabolismo e contribuir para a perda de peso. O aumento de proteínas egorduras boas reduz inflamação, melhora a saciedade e ajuda a controlar doenças
cardiovasculares.

Mito: Muitos acreditam que a perda de peso será definitiva e sem riscos, mas o corte radical de carboidratos pode causar fadiga, irritabilidade, dor de cabeça e efeito sanfona. O segredo está no equilíbrio e no acompanhamento individualizado.

Dieta Cetogênica
Verdade: É uma versão ainda mais restrita da Low Carb, que induz o corpo ao estado de “cetose” — em que passa a queimar gordura como principal fonte de energia. Estudos mostram benefícios na perda de peso e controle glicêmico em alguns casos.

Mito: A ideia de que a ausência total de carboidratos é atingível e segura não se sustenta.

Mesmo pequenas quantidades de carboidrato ainda são consumidas. Além disso, a dieta cetogênica pode levar a desidratação, hipoglicemia, dislipidemia, esteatose hepática e até cálculo renal, se não for feita com monitoramento médico.

Dieta Mediterrânea
Verdade: Considerada uma das mais saudáveis do mundo, é baseada em alimentos naturais como frutas, legumes, azeite, peixes e grãos. Contribui para o controle do colesterol, pressão arterial e até da saúde mental — estudos indicam redução de até um terço no risco de depressão.

Mito: Por ser natural, muitos pensam que pode ser feita sem controle. No entanto, a
presença de azeites e vinhos, se consumidos em excesso, pode aumentar a ingestão calórica e prejudicar quem precisa controlar a pressão ou tem histórico de doenças hepáticas. O vinho, por exemplo, não é benéfico para todos.

Jejum Intermitente
Verdade: Quando feito com planejamento e alimentação balanceada nos períodos em que se come, o jejum pode auxiliar na perda de peso e no controle da insulina. O período de sono pode ser incluído, o que facilita a adesão.

Mito: Acreditar que apenas parar de comer já trará benefícios é um erro. Sem orientação, o jejum pode causar compulsão alimentar, irritabilidade, desidratação e deficiência de nutrientes. Não é necessário cortar todos os alimentos calóricos — e muito menos pular refeições sem critério.

Além do cardápio: o contexto importa

“Não existe dieta perfeita, mas sim uma abordagem que se encaixa no seu estilo de vida, nas suas condições de saúde e nos seus objetivos. Uma boa alimentação precisa levar em conta o contexto biológico, econômico e sociocultural de cada pessoa. E acima de tudo: precisa ser sustentável”, reforça Dr. Djairo.

Mais do que eliminar grupos alimentares, o foco deve estar em reeducação alimentar,
prazer em comer com equilíbrio e na elaboração de planos realistas. Restrições severas podem até gerar resultados rápidos, mas também aumentam o risco de efeito sanfona, perda de massa magra, deficiências nutricionais e problemas emocionais, como ansiedade e culpa.

O que diz a ciência?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), manter uma alimentação equilibrada associada à atividade física é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças cardiovasculares — a principal causa de morte no mundo. Uma dieta balanceada também melhora o sistema imunológico, a qualidade do sono e a disposição no dia a dia.

Dietas da moda não são vilãs por si só, mas precisam ser feitas com orientação. Se você
quer emagrecer com segurança e durabilidade, o caminho não está em fórmulas mágicas, e sim no cuidado com o corpo, com a mente — e com a saúde como um todo.

Fonte: Assessoria

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