Há apenas 15 dias, o time disputava uma semifinal da Copa do Nordeste e ainda alimentava esperança de encerrar o ano com dignidade. Mas a queda de rendimento foi tão brusca quanto inexplicável. O que se viu em campo contra o Brusque foi um time apático, desorganizado e sem vontade de lutar pela própria sobrevivência. Passes equivocados, cruzamentos sem direção, marcação ingênua e jogadores sem qualquer entrega resumiram a atuação. O CSA simplesmente não competiu. O Brusque, com simplicidade, aproveitou as falhas: abriu o placar aos 4 minutos da etapa final com Guilherme Pira e decretou a tragédia azulina aos 44, com um golaço de Bernardo Leme. A temporada azulina, marcada por troca de técnico e até mesmo por uma recontratação relâmpago em apenas 15 dias, terminou com um desfecho amargo: a queda para a quarta divisão nacional.
Primeiro tempo
O CSA tentava responder em bolas paradas. Aos 29 minutos, após cobrança de falta, Islan cabeceou com perigo e obrigou o goleiro Nogueira a grande defesa, naquela que seria a melhor oportunidade azulina na primeira etapa. O jogo, no entanto, seguiu truncado, com muitas disputas aéreas e poucas emoções.
Antes do intervalo, o Brusque ainda tentou em finalização de DG, mas a bola saiu ao lado. O primeiro tempo terminou sem gols e com a torcida catarinense apreensiva.
SEGUNDO TEMPO: A CONFIRMAÇÃO DA QUEDA
O segundo tempo começou com o golpe que o torcedor azulino temia. Logo aos 3 minutos, após rebote da trave, Guilherme Pira marcou e deixou o Brusque em vantagem. O CSA não reagiu. Sem intensidade, sem criatividade e com jogadores escondidos em campo, o time parecia aceitar o destino.
Quando tentou esboçar alguma reação, foi no desespero. Aos 28 minutos, um cruzamento de Ramon quase enganou o goleiro, mas ficou nisso. Aos 43, a pá de cal: Bernardo Leme acertou um chute perfeito de fora da área e transformou a queda azulina em realidade incontestável.
O apito final decretou não apenas a derrota, mas a confirmação de uma temporada desastrosa, marcada pela falta de planejamento, contratações questionáveis e decisões precipitadas da diretoria.
FIM DE LINHA
O CSA, que há pouco tempo figurava entre os protagonistas do Nordeste e disputava a Série A do Brasileiro, hoje amarga o fundo do poço: a Série D em 2025. É o retrato de uma gestão que falhou em todos os níveis — do planejamento ao comando técnico, da montagem do elenco à administração do clube.
O Brusque, por outro lado, avança de forma segura e mira o acesso à Série B. Enquanto isso, o torcedor azulino terá que conviver com a dura realidade de que o clube, outrora protagonista, se transformou em um exemplo de como falta de comando e desorganização podem destruir uma temporada inteira.