O júri popular realizado nessa quinta-feira (2), no Fórum da Capital, em Maceió, condenou Milton Pereira da Silva Neto e Jonas Paulo Santana Cané a 28 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte de Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como Peu. O crime ocorreu em maio de 2023, após uma partida de futebol no Estádio Rei Pelé.
A sessão foi presidida pelo juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital.
Na sentença, o magistrado destacou que o homicídio foi premeditado e orquestrado, com divisão de papéis entre os réus e outros envolvidos.
Segundo a acusação, Jonas dirigiu um dos veículos usados no crime, transportando Milton e terceiros armados até o local. Ele também teria ajudado na fuga após a execução.
Milton, por sua vez, participou diretamente da ação violenta que resultou na morte da vítima.
O juiz ressaltou ainda que os condenados integram um grupo de torcida organizada envolvido em ações violentas contra torcedores rivais.
Conforme os autos, os réus participavam de um grupo de WhatsApp, no qual eram feitas “vaquinhas” para arrecadar dinheiro destinado a cobrir prejuízos materiais, como consertos de veículos usados em confrontos.
Para o magistrado, essa prática evidencia “comportamento incorreto e inadequado perante a sociedade”.
Os dois acusados também haviam sido denunciados por corrupção de menores, mas foram absolvidos desse crime pelos jurados.
Em seus depoimentos, tanto Milton quanto Jonas negaram participação no homicídio.
O caso
O crime aconteceu no bairro Trapiche, em Maceió, logo após o jogo entre CSA e Confiança, em maio de 2023.
De acordo com a denúncia, Pedro Lúcio (Peu) foi espancado até a morte por integrantes de uma torcida organizada do CRB. O ataque teria sido motivado por vingança, em retaliação à morte de um torcedor regatiano.
