Afastado desde o dia 25 de abril da Câmara de Maceió, o vereador Siderlane Mendonça (PL) vive uma indecisão sobre o seu retorno ao parlamento. O cenário ficou mais favorável para ele depois que o desembargador Milton Gonçalves votou a favor do retorno imediato de Siderlane à Câmara, em sessão sigilosa realizada pelo TRE/AL, na última segunda-feira (14).
No entanto, durante a sessão que contou com a presença de mais seis desembargadores, acabou sendo suspensa após o desembargador Alcides Gomes solicitar pedido de vistas para analisar os autos do processo.
A decisão gera ainda mais incerteza para Siderlane que tem acompanhado o Ministério Público Eleitoral ser favorável ao pedido de afastamento de 180 dias, até o julgamento do mérito do caso.
Como não há uma denúncia formal do MPE, a defesa do vereador entende que os supostos crimes tenham sido cometidos no outro mandato, e que por isso não há motivo de o parlamentar ter sido afastado na atual legislatura, que iniciou em 2025.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, os crimes foram cometidos no período de 2020 até 2023, período do segundo mandato do vereador Siderlane.
Pressão política
Junto a isto, tem a pressão política do suplente Caio Bebeto (PL), que já solicitou à Câmara para assumir a vaga de Siderlane, o que não aconteceu após uma decisão do presidente Chico Filho (PL).
Por que Siderlane é investigado?
Prestes a completar três meses de afastamento das atividades parlamentares, Siderlane Mendonça foi alvo da Operação Falácia, da Polícia Federal que investiga ele e a sua esposa, Drielly Karoline dos Santos de Assis, que estão sendo acusados de apropriação indevida de salários de servidores comissionados do gabinete da Câmara, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Além deles, outras 11 pessoas estão respondendo criminalmente.