A Polícia Civil de Alagoas informou, nesta terça-feira (26), que instaurará procedimento para apurar um caso de violência envolvendo um guarda municipal de São José da Laje, na Zona da Mata do Estado.
Em nota, a instituição afirmou que o episódio, que teria ocorrido na última segunda-feira (25), “será devidamente investigado, garantindo a transparência necessária à apuração dos fatos”.
De acordo com o delegado Leonardo Assunção, titular do 115º Distrito Policial (115º DP) de São José da Laje, mesmo sem o registro de Boletim de Ocorrência (BO) por parte da família da vítima, a Polícia Civil realizará diligências para esclarecer a situação.
A corporação também reforçou que “todas as circunstâncias serão verificadas, ouvindo as partes envolvidas e colhendo os elementos necessários para a elucidação do caso”, além de reiterar o compromisso com a apuração rigorosa e com o devido processo legal.
O caso
Na segunda-feira (25), uma moradora da cidade denunciou que o sobrinho havia sido brutalmente agredido por guardas municipais após ser abordado ao pular o muro de um ginásio. Em entrevista ao portal BR104, a tia da vítima, que preferiu não se identificar, classificou a ação como “brutal e desumana”.
“O que a guarda municipal fez com ele foi brutal e desumano. Eles deram um cacete no meu sobrinho que quase o matou. Ele é pai de família, não é traficante nem bandido. Não pegaram ele roubando ou matando. O fato aconteceu porque ele pulou um ginásio, e eles tiveram essa atitude nojenta”, afirmou.
Segundo ela, o sobrinho está em casa em estado grave, impossibilitado de trabalhar. Imagens divulgadas pela família mostram ferimentos nas nádegas, além de escoriações nos braços e pernas.
A denunciante também fez um apelo às autoridades para que os responsáveis sejam investigados e afastados de suas funções.
“Eu peço Justiça às autoridades de São José da Laje, para que tire esse povo de circulação. Esses guardas não são dignos de vestir a farda. Eles são contratados para fazer a segurança da cidade e não para espancar as pessoas”, disse.