Dono de 15 títulos comandando o Corinthians, Arthur Elias saboreou neste sábado a primeira conquista à frente da seleção brasileira feminina. Após a emocionante final da Copa América contra a Colômbia, com vitória nos pênaltis após empate em 4 a 4, o treinador de 43 anos afirmou que a vitória foi “ainda mais especial” pelo enredo da decisão.
O Brasil esteve três vezes atrás do placar, e foi salvo da derrota por um golaço de Marta aos 50 do segundo tempo. A camisa 10 virou a partida na prorrogação, mas as colombianas conseguiram empatar e levar a decisão para os pênaltis.
– A história do jogo tornou essa conquista para mim mais especial ainda. Ver as jogadoras com emoção no final do jogo, e o que aconteceu com a Marta hoje, que representa tudo do nosso futebol brasileiro. Eu sou privilegiado de viver isso e encorajar as jogadoras para que a gente consiga chegar bem preparado em 2027. Estou muito emocionado e bem confiante – afirmou.
Perguntado na entrevista coletiva sobre qual gol foi mais comemorado, Arthur deu a resposta óbvia:
– O gol da Marta, claro, que levou o jogo para a prorrogação, um gol iluminado. Ela é iluminada, ela é a rainha.
Marta começou no banco e entrou na partida apenas aos 36 minutos do segundo tempo, o suficiente para ser a protagonista na reta final da partida. Na disputa de pênaltis, porém, a camisa 10 teve a cobrança que garantiria o título, mas não bateu bem e viu a goleira Kathe Tapia fazer a defesa. Mas, nas cobranças alternadas, Johnson e Luany marcaram, e a goleira Lorena pegou o chute de Carabalí, confirmando a conquista brasileira.
Para Arthur Elias, o erro da melhor jogadora do Brasil serviu para confirmar a importância do coletivo.
– Quando ela errou o pênalti, tinham outras jogadoras para levar o Brasil ao título, e sempre se tratou disso no futebol feminino, nunca foi só a Marta, e ela nunca quis isso. E conviver com ela é algo impressionante, a humildade, o companheirismo, a qualidade – declarou o treinador brasileiro.
– O futebol mundial tem na Marta seu maior ícone, ela é histórica, mas é um jogo coletivo. Por muitos anos, ficou muito pesado para ela ter essa responsabilidade de mudar o futebol feminino do Brasil, e não se trata disso, e sim de investimento e respeito, e dentro de campo não é diferente. Elas estão sempre juntas, e outras jogadoras bateram muito bem o pênalti, a nossa goleira é iluminada, também vive um grande momento. É a história de cada uma, mas que se unem dentro de campo – finalizou.
Fonte: G1
