
A oposição ao governador Paulo Dantas (MDB) tem criticado a negociação do Estado que decidiu vender um quarteirão inteiro de prédios públicos na região da Avenida Antônio Gomes de Barros, na Jatiúca, retirando do local as sedes do CAPS, a Delegacia do Turista e a Patrulha Maria da Penha. A venda dos prédios tem sido questionada, já que os valores arrematados pelo Governo do Estado não estão sendo divulgados publicamente.
O assunto foi duramente criticado pelo deputado federal delegado Fabio Costa (PL) que faz parte do bloco de oposição ao governador do MDB.
“A pergunta é direta: essa venda serve ao interesse do povo ou a interesse de quem lucra com o patrimônio dos alagoanos?”, questionou o delegado. O imóvel que abriga o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Rostan Silvestre atende quase cinco mil pacientes em sofrimento psíquico e será prejudicado com a venda do imóvel.
Uma ordem de desocupação foi emitida para que o CAPS fosse desocupado em até 15 dias. No entanto, nesta terça-feira (21), por meio de uma articulação da Prefeitura de Maceió o prazo foi estendido por 180 dias para desocupação. Agora, o município será responsável por encontrar um novo local para abrigar a sede do CAPS.
A Secretaria de Estado do Planejamento de Alagoas (Seplag) foi o órgão responsável pela negociação da venda das sedes e alega que a negociação aconteceu após um entendimento do próprio Governo de que os imóveis haviam se tornado antieconômicos para a administração pública. A Seplag disse que os serviços da Delegacia do Turista e a Delegacia Maria da Penha já estão em processo de realocação para outros locais.