A Justiça de Alagoas realizou nesta quinta-feira (24) uma audiência para analisar o envolvimento de 14 adolescentes envolvidos em um esquema de manipulação de imagens pornográficas. Os jovens foram apontados pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) como responsáveis por criar e disseminar montagens pornográficas de suas colegas, utilizando inteligência artificial para sobrepor os rostos das vítimas em imagens sensuais. Todos são de classe média alta.
A investigação, desencadeada por denúncias das próprias vítimas, a maioria colegas de escola dos suspeitos, revelou que as imagens manipuladas eram compartilhadas em grupos de WhatsApp. Durante a audiência, cada caso foi avaliado individualmente, considerando a participação específica de cada adolescente no esquema.
As decisões judiciais variaram de acordo com o grau de envolvimento. Alguns adolescentes receberam remissão do caso com advertência formal, enquanto outros foram sentenciados a liberdade assistida por períodos de seis meses ou um ano, juntamente com a prestação de serviços à comunidade. Apenas um dos adolescentes possui um processo pendente, em decorrência de outros atos infracionais aos quais responde.