Mais uma emissora estatal vem aí. FOTO: reprodução

Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro prometeu várias coisas: gás a 30 e poucos reais, gasolina a 2 e pouco e o fim da TV Brasil.

Criada durante o governo Lula, a emissora nunca foi competitiva na audiência. E esse foi um dos pontos levantados pelo então candidato Bolsonaro: não dá audiência e é só um gasto de dinheiro público.

Por conta disso, o então presidenciável disse mais de uma vez que, se eleito, acabaria com a emissora.

2019 chegou, o homem virou presidente... E a TV Brasil está aí, firme e forte. Ainda sem audiência, a emissora segue no ar, custando R$ 550 milhões por ano, transmitindo os eventos - todo e qualquer evento - que contam com a participação do chefe do Executivo Federal.

NOVO CANAL

Sem cumprir (mais) essa promessa de campanha, o governo se prepara para lançar MAIS UMA EMISSORA, dessa vez ligada ao Ministério da Educação.

O novo canal, ainda sem nome, deve sair nas próximas semanas, de acordo com o colunista do UOL Ricardo Feltrin, a um custo estimado entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões anuais.

A nova empreitada na TV do governo está sendo produzia a toque de caixa pelo diretor-geral da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), coronel Roni Pinto, que está no cargo desde o governo petista.

A emissora deve focar apenas em conteúdo "educacional", voltando seus trabalhos para as teleaulas.

Segundo Feltrin, nos bastidores a emissora vem sendo chamada de "TV Olavo". Uma clara referência a Olavo de Carvalho (""""filósoso""""). Podemos esperar, então, um conteúdo voltado para a família tradicional brasileira e todo aquele bla bla bla de sempre.

Mas aí você pergunta: mas não tem uma outra, a TV Escola? Tinha. Mas não era do governo e o ex-ministro Abraham 'Weintrouble' tratou de encerrar o contrato do ministério com o grupo mantenedor da emissora educativa, referência em conteúdo e método.

O que vai sair diso tudo? Só Olavo sabe.

O que temos é: promessa não cumprida que agora produz mais um fruto.

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