17/02/2025 às 06h34 - atualizada em 17/02/2025 às 11h02
Acta
MACEIO / AL
Após dialogar desde 2022 por meio de ligações de áudio e vídeo, além de mensagens, com o advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude, o delegado Fábio Baena Martin bloqueou o contato do interlocutor, cerca de 40 minutos após o assassinato do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana.
O delegado está preso, da mesma forma que outros policiais civis, após investigações da Polícia Federal (PF) ligá-los à morte do corretor, da mesma forma que identificou a ligação entre o policial e o advogado, que também está atrás das grades.
Investigado pela morte de dois membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), Gritzbach foi sequestrado, no fim de 2021, com a ajuda do policial civil Marcelo Roberto Ruggieri, o Xará, e levado para um tribunal do crime, no qual teria sido absolvido.
Gritzbach foi preso pela Polícia Civil em fevereiro de 2022, ainda por causa do duplo homicídio — crime que sempre negou envolvimento. Após ser solto, em junho do mesmo ano, ele foi procurado pelo policial civil Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo.
O agente — atualmente preso por supostamente aceitar propina para arquivar investigações, junto com seu comparsa Valmir Pinheiro, o Bolsonaro — recebeu um telefonema de Mussi e deixou a ligação no viva voz. A ligação foi registrada, por meio de uma gravação feita sigilosamente pelo próprio Gritzbach. Nela, Mude oferece R$ 3 milhões para quem matasse o corretor.
O registro em áudio foi anexado à delação premiada feita por Gritzbach, na qual denuncia e apresenta provas da relação de policiais civis paulistas com a maior facção criminosa do país.
No celular de Fábio Baena, no qual o contato de Mude foi bloqueado cerca de 40 minutos após a morte de Gritzbach, consta que o policial e o advogado ligado ao PCC mantinham contato. O histórico de conversas foi confirmado após a quebra do sigilo telemático do celular do delegado.
Presos
Como resultado da delação premiada de Vinícius Gritzbach, aliada à investigação da PF, foram presos o investigador Marcelo Ruggieri, o Xará; o investigador-chefe Eduardo Monteiro; o delegado Fábio Baena; o investigador Marcelo Marques de Souza, o Bombom; o advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude; e os empresários Ademir Pereira Andrade e Robinson Granger de Moura, o Molly.
O agente de telecomunicações da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, também foi alvo de um dos mandados de prisão. Ele ficou foragido da Justiça e se entregou seis dias depois, após sua defesa negociar a rendição com a Delegacia-Geral.
Além deles, foram presos, em setembro do ano passado, os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, ambos suspeitos de receber propina ou de subornar criminosos para interromper investigações sobre ações do PCC.
Os policiais presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, bem como ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de prisão.
FONTE: Metrópoles
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