O deputado federal Arthur Lira (PP) não perdeu tempo e em menos de um mês após o falecimento de seu pai no dia 14 de janeiro, ele voltou as articulações políticas. Sem Biu, a Prefeitura da Barra de São Miguel passa a ser controlada por Arthur e tem a gestão do vice-prefeito Henrique Alves, que já assumiu o comando do município. 

No entanto, o que chama a atenção é o forte poder exercido por Lira no município. Recentemente, o deputado alagoano garantiu a nomeação do seu filho, Álvaro Lira, que possui apenas 18 anos para ocupar o cargo de gestor administrativo na cidade.  

O salário não é dos menores. A remuneração de Alvinho Lira (como é mais conhecido) é de cerca de R$ 8 mil, considerado alto dentro dos padrões de cargos públicos, principalmente para um jovem com pouca experiência profissional.  

Este é mais um exemplo de grande concentração de poder de uma tradicional família alagoana envolvida na política que, ao invés de possibilitar uma oportunidade a profissionais experientes e mais qualificados para o mencionado cargo, prefere utilizar a máquina pública para beneficiar a própria família.  

Neste momento, cabe a nós uma singela reflexão: porque Lira decidiu nomear o filho tão novo e com pouca experiência para um cargo de grande responsabilidade? A resposta: de olho em 2026.  

Não é segredo para ninguém que Arthur Lira tem o desejo de emplacar o filho na política. E uma saída neste momento é abrir as portas dentro do poder público para que Alvinho ocupe espaços e possa ganhar experiência.  

Porém, o povo precisa sempre de gestores experientes e qualificados para ocupar as funções públicas. Nosso questionamento é: o filho de Lira possui experiência e qualificações para tamanha responsabilidade?