28/01/2025 às 13h32 - atualizada em 28/01/2025 às 17h57
Acta
MACEIO / AL
Um homem suspeito de integrar uma facção criminosa e de participação na execução de um homem de 58 anos, no quintal de sua residência, no último sábado (25), no município de Coqueiro Seco, morreu nesta terça-feira (28) em confronto com a polícia. Outros dois envolvidos no crime, sendo um menor de idade, já foram identificados e são procurados com mandados de prisão em aberto.
Militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) cercaram a casa onde o acusado estava sozinho e tentaram negociar sua rendição. O homem, cuja identidade não foi divulgada, tentou fugir armado, mas acabou trocando tiros com os policiais. Ele foi atingido, socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o crime ocorreu na noite de sábado, quando três criminosos invadiram a residência das vítimas, renderam o casal e os obrigaram a entrar em casa. A companheira do homem foi mantida sob a mira de uma arma enquanto ele era levado ao quintal, onde foi morto com cerca de sete a oito disparos na cabeça.
Os criminosos exigiam dinheiro e armas. Antes de fugir, roubaram uma quantia em dinheiro encontrada na casa. As investigações revelaram que os suspeitos pertencem a uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas na região e aterroriza os moradores.
O homem que morreu no confronto tinha um histórico extenso de crimes, incluindo acusações de homicídios, como o assassinato de um suplente de vereador da região e uma tentativa de homicídio contra o secretário de Esporte de Coqueiro Seco no ano passado.
As investigações apontaram que o grupo criminoso vinha retirando câmeras de segurança instaladas na cidade para dificultar a identificação de suas ações. Segundo o delegado, os criminosos estavam "querendo tomar conta da cidade".
A polícia trabalha com hipóteses sobre a motivação do assassinato. Uma delas é que a vítima havia espalhado que era policial aposentado e informante da polícia, além de ter instalado câmeras de segurança na residência, o que os bandidos acreditavam ser para denunciá-los.
“Os criminosos chegaram a afirmar, enquanto mantinham a mulher sob ameaça, que o alvo deles era o homem. Disseram que faziam parte da 'disciplina' da facção e estavam ali para resolver uma questão com a vítima”, explicou o delegado Igor Diego.
A Polícia Civil segue com as investigações para prender os dois outros suspeitos e esclarecer todos os detalhes sobre o crime que abalou a cidade de Coqueiro Seco.
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