Os dois suspeitos do homicídio, identificados como jovens de 22 e 23 anos, foram mortos durante confronto policial nesta quarta-feira (22). Foto: Reprodução

O alvo do disparo que vitimou a pequena Maria Alice Oliveira da Silva, de 3 anos, no bairro Ouro Preto, em Maceió, era um adolescente, parente da criança, que não estava no local do crime no momento em que ele ocorreu. Os dois suspeitos do homicídio, identificados como jovens de 22 e 23 anos, foram mortos durante confronto policial nesta quarta-feira (22), em um distrito de Coruripe, interior de Alagoas.

Durante uma entrevista coletiva, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) revelou detalhes das investigações que levaram à operação policial. Segundo o delegado Sidney Tenório, está confirmado que os dois jovens mortos são os responsáveis pelo disparo que matou Maria Alice. “O Alê era a pessoa que vinha ameaçando o alvo principal, que era um parente da criança. Ele foi abordado dias antes do crime usando esse veículo, ou seja, dias antes eles já estavam com o carro”, explicou.

Conforme o delegado, o carro utilizado pelos criminosos — um Fiat Mobi roubado e com placa clonada — foi interceptado dias antes do crime por uma guarnição policial. Na ocasião, os dois ocupantes eram os mesmos que participaram do atentado no bairro Ouro Preto.

Testemunhas também relataram que o adolescente ameaçado deixou Alagoas dias antes do crime e revelou o nome de um dos suspeitos que queria matá-lo. Segundo Sidney Tenório, as ameaças começaram depois que os criminosos foram expulsos da Vila Emater, em Jacarecica, ao tentarem estabelecer um ponto de tráfico de drogas no bairro Ouro Preto. Em busca de vingança, passaram a ameaçar o adolescente.

“Essas pessoas eram da Vila Emater e, por questões de tráfico, foram expulsas de lá, tentando se alojar na região do Ouro Preto, onde começaram a incomodar e ser expulsos. O crime seria por uma questão de vingança, mas o parente não estava mais no local”, completou.

O adolescente, que seria o alvo principal dos tiros, ainda não foi ouvido pela polícia, mas será interrogado por chamada de vídeo, já que está fora de Alagoas desde que se sentiu ameaçado.

O delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), relatou que, durante a ação policial, os suspeitos reagiram com disparos de arma de fogo, obrigando os militares a revidarem. Eles estavam armados com uma pistola calibre 380 e um revólver. Ambos foram socorridos e levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Coruripe, mas não resistiram aos ferimentos.

A coletiva de imprensa contou também com a presença do delegado José Carlos, secretário interino de Segurança Pública, do coronel Paulo Amorim, comandante-geral da Polícia Militar, e outros membros da Segurança Pública alagoana. Apesar da morte dos suspeitos, as investigações continuam para apurar se há outras pessoas envolvidas na ordem para matar o adolescente.