21/01/2025 às 13h03 - atualizada em 21/01/2025 às 18h17
Acta
MACEIO / AL
A Polícia Civil de Alagoas desarticulou, nesta terça-feira (21), uma facção criminosa envolvida no tráfico de drogas no estado. Dois homens, identificados como líderes da organização, controlavam as operações mesmo estando presos nos sistemas prisionais de Alagoas e Pernambuco. A comunicação era feita por meio de cartas enviadas por suas companheiras, que as entregavam aos demais membros do grupo, orientando sobre as atividades necessárias para manter os “trabalhos” da organização.
No âmbito da Operação Hermes, foram expedidos 84 mandados judiciais, sendo 43 de prisão e 41 de busca e apreensão. Até o momento, 24 pessoas foram presas.
Segundo o delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), a operação foi resultado de seis meses de investigação, período em que se coletaram elementos suficientes para subsidiar as ordens judiciais.
“Todo o arcabouço probatório teve origem através de cartas apreendidas no sistema prisional, onde nós verificamos que os líderes da organização criminosa faziam a comunicação e determinavam seus comandos através de cartas que eram manipuladas pelas mulheres dos presos. Elas levavam as cartas que apontavam quais as tarefas de cada um dos integrantes da organização criminosa. Diante disso, conseguimos identificar diversas pessoas que fazem parte do grupo, além de conhecermos toda a estrutura dessa organização, através dos líderes, que são tidos como mais perigosos, que respondem por vários homicídios”, detalhou o delegado.
O esquema contava com gerentes do tráfico que atuavam desde a logística até a administração financeira da facção. “Eles utilizam um método que é bastante conhecido das nossas investigações, onde recebem esses valores em espécie, provenientes da venda de drogas, procuram uma casa lotérica e fazem depósitos para cair nas contas dessas pessoas que fazem a arrecadação do tráfico”, explicou Igor Diego.
Durante a operação, celulares foram apreendidos dentro das celas de presos, o que poderá reforçar as investigações em andamento. “O próximo passo agora é descapitalizar essas organizações criminosas. Esses celulares são materiais probatórios importantes para continuarmos o nosso trabalho”, concluiu o delegado.
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