11/01/2025 às 18h36 - atualizada em 12/01/2025 às 14h37
Derek Gustavo
Maceió / AL
A abordagem policial que terminou com a morte de um agente socioeducativo no centro de Maceió neste sábado (11) poderia ter se transformado em uma tragédia. Isso só não aconteceu por conta de uma atitude do advogado que representa a então esposa do homem morto.
O caso foi registrado na Praça dos Martírios, no Centro da capital. O homem, identificado como Rodrigo, reagiu a uma abordagem da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit). Ele foi baleado e morreu no local.
Como a Oplit chegou até lá? Quem conta é o advogado Weverson Douglas, que representa a então esposa de Rodrigo. Ele conversou com a reportagem do Acta.
Segundo o advogado, o casal estava junto há cerca de 8 anos. Nos último 5 anos, no entanto, Rodrigo começou a apresentar um comportamento mais agressivo contra a mulher.
"Ela relatou para mim que o marido cometeu crimes de estupro, lesão corporal e violência psicológica. Tudo isso na frente das crianças [filhos do casal, de 2 e 4 anos]", explica o advogado, que ressaltou que os crimes foram cometidos apenas contra a mulher e não vitimaram diretamente as crianças.
Na quinta-feira (9), a mulher fugiu de casa, com medo do que poderia acontecer à ela. Os meninos acabaram ficando, pois o homem não permitia que eles deixassem a residência do casal.
"Ontem [sexta (10)], recebi um contato da minha cliente. Ela me relatou o que havia acontecido, e que estava na casa do irmão. Orientei ela apedir uma medida protetiva. Nos encontramos, fomos até a delegacia e fizemos os procedimentos necessários", conta Weverson.
Antes mesmo que a medida tomasse efeito, Rodrigo apareceu na porta da casa do irmão da mulher na manhã deste sábado.
"Orientei ela a ficar trancada em casa. Chamamos a Polícia Militar, mas ele saiu antes que a guarnição chegasse".
Pouco depois, Rodrigo ligou para o cunhado, dizendo que queria encontrar a esposa para devolver as crianças. "[O irmão da cliente] me ligou e orientei a marcar o encontro no centro, que é um lugar movimentado", diz o advogado.
Weverson contou à reportagem do Acta que Rodrigo andava armado, mesmo não tendo porte. Por ser agente socioeducativo, ele poderia ter posse, mas não sair com a arma na rua. Foi pensando nisso que ele tomou uma atitude que evitou uma tragédia.
"Liguei para a Oplit e contei o caso. Disse que o rapaz [Rodrigo] era agressivo e andava armado", relata.
O advogado orientou o irmão da esposa do agressor e demorar um pouco mais a chegar no centro, para que a Oplit pudesse fazer a abordagem primeiro. Dentro do veículo estavam o agressor, a mãe dele e as crianças.
"Quando a guarnição bateu no vidro do carro, ele já atirou na policial. A polícia não sabia quem mais estaria dentro do veículo. A ação foi muito rápida. Ou ele ia abater o cunhado ou ia para a casa dele e atirar. Se a abordagem policial fosse na porta do cunhado, a tragédia estaria feita", conclui.
Na troca de tiros, a mãe do agressor e uma das crianças foram atingidas por disparos. O menor está bem e fora de perigo. A reportagem não conseguiu confirmar o estado de saúde da mulher.
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