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07/01/2025 às 15h53 - atualizada em 07/01/2025 às 18h30

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Alinhada a Trump, Meta acaba checagem de fatos para 'combater censura'
Mark Zuckerberg, dono da Meta, anunciou que adotará o sistema de 'notas de comunidade', já utilizado pelo X, o antigo Twitter, de Elon Musk.
Alinhada a Trump, Meta acaba checagem de fatos para 'combater censura'
Mark Zuckerberg. FOTO: reprodução

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou, nesta terça-feira (7/1), que as redes sociais da empresa – WhatsApp, Instagram e Facebook – deixarão de usar o seu programa de checagem de fatos para adotar as “notas de comunidade”. O novo sistema é semelhante ao implementado pela rede social X, o antigo Twitter, de Elon Musk.


“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura. Estamos substituindo os verificadores de fatos por ‘notas da comunidade’, simplificando nossas políticas e nos concentrando na redução de erros. Estamos ansiosos por este próximo capítulo”, afirmou o CEO.


O anúncio foi feito por Zuckerberg em um vídeo postado no Instagram. Segundo o empresário, “os checadores de fato simplesmente têm sido politicamente parciais demais, destruindo mais confiança do que criaram”.


O pronunciamento da Meta repete muitas reclamações feitas por políticos republicanos e Elon Musk, que equiparam os programas de checagem de fatos a uma forma de “censura”.


O próprio Zuckerberg admitiu que as mudanças são, em parte, determinadas por eventos políticos, inclusive a vitória de Donald Trump no pleito presidencial americano: “As eleições recentes também parecem um ponto de inflexão cultural, no sentido de voltar a priorizar o discurso”, ressaltou.


Com a modalidade “notas da comunidade”, a moderação do conteúdo da plataforma fica a cargo dos próprios usuários da rede, em um sistema de votação. Nesse caso, será possível adicionar notas explicativas às publicações, assim como se faz no X, e outros usuários votam na relevância do que é sugerido. As notas podem fornecer conteúdos adicionais, em contrapartida a material enganoso, fake news ou temas polêmicos.


“Agora, nosso foco se voltará a filtros para combater violações legais e de alta gravidade. Para casos de menor gravidade, iremos depender de denúncias, antes de tomarmos qualquer ação. Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes”, afirmou Zuckerberg no vídeo.


O CEO explica que os filtros de verificação serão ajustados e aprimorados para se tornarem mais eficientes e precisos antes da remoção de conteúdo.


Novo governo Trump


Essa mudança ocorre em um momento de aproximação do CEO da Meta com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump. No vídeo de anúncio, ele afirma estar entusiasmado por trabalhar ao lado de Trump no próximo mandato.


“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo, que visam perseguir empresas americanas e pressionam para implementar mais censura. A única maneira de combater essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA. E é por isso que tem sido tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou pela censura”, afirmou Zuckerberg.


O CEO da Meta acrescentou, ainda, que a equipe de “confiança, segurança e moderação de conteúdo” será transferida para a Califórnia, enquanto a revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

FONTE: Metrópoles

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