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Economia

20/12/2024 às 18h10

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MACEIO / AL

Dólar cai quase 1% no dia após fala de Lula sobre fiscal e recua 0,7% na semana; bolsa sobe
BC totaliza US$ 27,77 bilhões vendidos desde que passou a intervir no mercado de câmbio em meio à forte desvalorização do real.
Dólar cai quase 1% no dia após fala de Lula sobre fiscal e recua 0,7% na semana; bolsa sobe
Dólar. FOTO: Freepik

O dólar à vista acelerou quedas na tarde nesta sexta-feira (20) e fechou a sessão em baixa frente ao real, na esteira de comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.


Em um vídeo, Lula afirmou que Galípolo tem sua confiança e de “toda a equipe” e que ele será o mais importante presidente do BC. Lula também afirmou que seu governo segue atento para a eventual necessidade de novas medidas na área fiscal, após as ações para proteger o arcabouço.


Ao lado de Lula no vídeo estavam Galípolo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.


A divisa norte-americana encerrou com perdas de 0,87%, a R$ 6,0710 na venda. A moeda acumula alta de 0,69% na semana.


Já, o Ibovespa registrava alta de 0,53%, aos 121,8 mil pontos, por volta das 17h.


O Banco Central vendeu US$ 7 bilhões nesta sexta, sendo US$ 3 bilhões à vista e US$ 4 bilhões com compromisso de recompra, totalizando US$ 27,77 bilhões vendidos desde que passou a intervir no mercado de câmbio em meio à forte desvalorização do real.


Na quinta-feira (19), após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a R$ 6,1243, ainda o segundo maior valor nominal de fechamento da história.


Assim como ocorreu na sessão anterior, o real era beneficiado pela nova intervenção do BC, recuperando parte das fortes perdas recentes diante do dólar.


O dólar à vista recua, mas está a caminho de fechar a semana em alta, com os investidores de olho em novas intervenções no câmbio pelo Banco Central.


Diagnóstico


O dólar tem obtido fortes ganhos no mercado brasileiro desde o duplo anúncio pelo governo no fim de novembro de um pacote fiscal e de um projeto de reforma do Imposto de Renda.


Mais recentemente, agentes financeiros também vinham temendo a possibilidade de o pacote fiscal não ser aprovado pelo Congresso até o fim do ano.


O avanço das medidas do Congresso nos últimos dias, portanto, era outro fator de otimismo para os investidores neste pregão, ainda que vários pontos dos textos tenham sofrido desidratação ao longo da tramitação, o que reduzirá a economia potencial para o governo.


A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira o projeto de lei que limita o aumento real do salário mínimo, além de alterar regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), concluindo a votação de todos os três textos que compõem o pacote fiscal.


O Senado, por sua vez, aprovou, em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote, com medidas para diminuir gradativamente o grupo que pode receber o abono do PIS/Pasep e limitações aos supersalários.


Mais cedo na quinta-feira, o Senado havia aprovado o projeto que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários em caso de déficit primário. Agora resta a votação do projeto que limita o aumento real do salário mínimo.


“A moeda brasileira deve encontrar algum alivio com a aprovação dos textos no Senado e com a forte participação do Banco Central. O tema (fiscal) pode esfriar até fevereiro e a ausência de notícias pode ser positiva para o câmbio”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.


No exterior


Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram em novembro, ressaltando a força duradoura da economia, o que levou o Federal Reserve a projetar menos cortes nas taxas de juros em 2025 do que há três meses.


Os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,4% no mês passado, após um ganho revisado para baixo de 0,3% em outubro, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira.


Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos do consumidor avançariam 0,5%, depois de um aumento de 0,4% relatado anteriormente em outubro.


Os gastos robustos dos consumidores ajudaram a impulsionar a economia para uma taxa de crescimento anualizada de 3,1% no terceiro trimestre, após um ritmo de expansão de 3,0% no trimestre de abril a junho.


A inflação mensal diminuiu em novembro, depois de mostrar pouca melhora nos últimos meses. O índice de preços PCE aumentou 0,1% no mês passado, após um avanço não revisado de 0,2% em outubro


No período de 12 meses até novembro, o índice de preços PCE avançou 2,4%, após alta de 2,3% em outubro. O aumento na taxa de inflação anual deveu-se em parte ao fato de as leituras baixas do ano passado terem sido excluídas do cálculo.


Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o PCE subiu 0,1%, após avanço não revisado de 0,3% em outubro. Nos 12 meses até novembro, o chamado núcleo da inflação aumentou 2,8%, depois de avançar pela mesma margem em outubro.


O Fed acompanha as medidas de preço do PCE para sua meta de inflação de 2%. Ele aumentou sua taxa de juros em 5,25 pontos percentuais entre março de 2022 e julho de 2023.

FONTE: CNN Brasil

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