12/12/2024 às 17h43
Acta
MACEIO / AL
O Ministério Público de Alagoas pediu à Justiça a prisão preventiva do homem que matou a ex-companheira envenenada em outubro deste ano em São Brás, interior de Alagoas. O pedido ocorre após investigação, e do parecer técnico da Polícia Científica, cujo laudo aponta que as coxinhas ofertadas por Felipe Silva Cirino a Joice dos Santos Silva e, também, ao filho do casal F.S.C., de 15 anos, estavam contaminadas por sulfotep e terbufós. A prisão foi pedida tanto pelo feminicídio como também pela tentativa de homicídio contra o filho.
A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Paulo Roberto de Melo Alves Filho, requer que sejam feitas diligências para a comprovação da existência ou inexistência de outros processos com trânsito em julgado contra o denunciado, bem como a realização de exame de corpo de delito no menor, filho do casal, para apurar se ainda há vestígios do envenenamento em sua corrente sanguínea. O Ministério Público enfatiza que há indícios suficientes para que Felipe Silva Cirino seja julgado e condenado pelas qualificadoras de contra o réu por homicídio qualificado pelo feminicídio, motivo torpe, além de emprego de veneno e dissimulação. Para o Ministério Público não restam dúvidas quanto à prova da materialidade e há indícios suficientes da autoria.
Além de cometer os crimes, Felipe Cirino teria modificado a cena do crime apagando vestígios que pudessem colocá-lo sob suspeita, provando mais uma vez sua frieza, revelando, assim, conforme a denúncia, a necessidade de ter a liberdade privada pela conveniência da instrução criminal.
Há relatos de que essa não seria a primeira tentativa de envenenamento de Felipe Cirino contra a companheira, além de a mesma viver um relacionamento abusivo com agressões físicas e psicológicas.
Caso
No dia 8 de outubro de 2024, por volta das 20h, Felipe Cirino se dirigiu à casa onde residia com Joice Santos e o filho menor portando um pacote com 20 coxinhas, as quais foram oferecidas a ambos. Inocentemente, mãe e filho comeram as coxinhas tendo Joice passado mal logo em seguida e sendo encontrada caída pelo filho e o denunciado e com a boca espumando.
Sem o menor remorso e friamente, o réu levou Joice para a UPA da cidade, mas a mesma não resistiu à intoxicação e morreu cinco horas após.
FONTE: Ascom MP-AL
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