O cenário político tem agitado os bastidores da política com uma iminente prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi indiciado pela Polícia Federal por três crimes: abolição violente do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Na imprensa nacional, alguns aliados que fizeram parte do governo Bolsonaro já não o defendem com tanta força nas entrevistas. 

Bolsonaro tem convivido nos últimos dias com uma metralhadora de informação que mancham a sua reputação e os indícios são cada vez mais fortes de que ele tinha conhecimento do plano montado para assassinar Lula, Alckimin e o ministro Alexandre de Moraes.  

Falando particularmente do cenário alagoano, o campo bolsonarista segue forte em Maceió, mas o Partido Liberal não consegue emplacar um número expressivo de prefeitos e vereadores pelo interior do Estado.  

O prefeito JHC é outro político que aparenta estar distante de Bolsonaro. Nem na própria campanha ele deu valor a Bolsonaro mesmo fazendo parte do partido do ex-presidente. Uma iminente prisão de Bolsonaro pode colocá-lo em um isolamento político e gerar perdas irreversíveis para o campo da direita. Bolsonaro está rotulado como político de perfil antidemocrático e quem o acompanhar poderá ser visto da mesma forma. 

O campo da direita vai precisar buscar um novo líder com perfil diferente para seguir forte no país e em Alagoas. E reforço que uma direita forte e com líderes democráticos só fortalece a política garantindo visões diferentes e novas maneiras de enxergar soluções viáveis para os diversos problemas nacionais.  

Quando desembarcou em Maceió na última terça-feira (19), Bolsonaro sentiu uma amostra de um isolamento político quando foi recepcionado por poucos apoiadores e contou com a presença apenas do vereador Leonardo Dias (PL) e do ex-ministro Gilson Machado. Independente de pensamentos ideológicos, políticos responsáveis precisam respeitar as instituições e preservar a democracia. Bolsonaro não agiu assim e pode sofrer punições severas.