19/11/2024 às 17h04 - atualizada em 19/11/2024 às 19h26
Acta
MACEIO / AL
O salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No cálculo feito pelo Metrópoles, foram usadas as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado de referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e do crescimento do PIB.
Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (18/11) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Caso seja confirmado, o valor representa aumento de 7,7% em relação ao salário mínimo de 2024, de R$ 1.412. O reajuste corresponde a um acréscimo de R$ 109 ao mês.
O possível acréscimo no salário mínimo de 2025 fica acima da proposta presente no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), de R$ 1.509. O texto foi encaminhado em agosto ao Congresso Nacional e aguarda aprovação.
Por outro lado, entidades sugerem que o salário mínimo deveria ser maior. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o piso salarial necessário para 2024 seria de R$ 6.769.
Valorização do salário mínimo
Desde 2023, foi instituída a nova política de reajuste do mínimo, que se baseia em um índice que combina a inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de toda a riqueza produzida no país — de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro.
Vale destacar que o valor projetado para o próximo ano (R$ 1.521) ainda é uma estimativa e pode mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.
Efeito cascata
O reajuste do mínimo não altera apenas os vencimentos de quem recebe o piso nacional, mas também implica o reajuste de diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
FONTE: Metrópoles
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