19/11/2024 às 16h30 - atualizada em 19/11/2024 às 20h04
Acta
MACEIO / AL
Assédio, insegurança, falta de acessibilidade e desigualdade de oportunidades em um setor historicamente dominado por homens. Esses são alguns dos vários desafios enfrentados por mulheres diariamente dentro do transporte público.
E são essas questões que são debatidas no documentário "Caminhos Femininos", uma produção dos estudantes Camila Maria dos Santos de O. Lopes, Mackson Douglas Dias da Silva e Willyane Januário da Silva, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sob a coordenação da professora Dra. Raquel do Monte, para a disciplina de Oficina de Produção Audiovisual.
A narrativa foca em três mulheres que, de diferentes formas, lutam contra as barreiras impostas pela sociedade.
Uma das personagens do documentário é uma mulher que sofreu assédio dentro do transporte público. Seu relato não é isolado: ele representa a dura realidade vivida por milhares de mulheres diariamente, em um cenário onde a violência sexual fazem parte do cotidiano, principalmente em espaços públicos como os ônibus.
Além disso, o filme celebra a trajetória inspiradora de Nielma Costa, uma das poucas mulheres que trabalham como motoristas de ônibus em Maceió. Sua jornada quebra estereótipos e serve de inspiração para outras mulheres que, por medo ou falta de inspiração, não se sentem encorajadas a seguir carreiras nessa profissão.
O documentário retrata ainda a trajetória de Paula Ravenala, uma ativista com deficiência. Ela expõe as dificuldades diárias que enfrenta no acesso aos ônibus, como a falta de veículos adaptados e a constante sensação de insegurança, ressaltando a necessidade urgente de um transporte público mais inclusivo e justo.
'Caminhos Femininos' é uma reflexão sobre a necessidade de construir uma sociedade onde as mulheres possam viver e trabalhar sem enfrentar os obstáculos impostos pelo preconceito, pela violência e pela falta de oportunidades.
Ao dar voz a essas mulheres e compartilhar suas histórias, o documentário contribui para a conscientização pública e para a criação de políticas de segurança mais eficazes e sensíveis ao gênero.
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