Decepção nas urnas nas eleições deste ano, vereador João Catunda não garantiu a reeleição e ficou como primeiro suplente do PP. Apesar da derrota dolorida, ele vai tentando articular dentro do partido uma possibilidade de seguir na Câmara de Maceió em 2025, caso um dos três vereadores eleitos do partido seja convidado pelo prefeito JHC (PL) e aceite assumir uma Secretaria do município.  

O problema é que esta missão não será fácil para Catunda. O cenário é o seguinte: dos três vereadores eleitos – Davi Davino, Olívia Tenório e o delegado Thiago Prado, João Catunda terá que articular junto ao PP e vai precisar de uma “força” do presidente do partido, o deputado federal Arthur Lira. Dessa forma, Lira poderia entrar em cena para tentar convencer um dos vereadores eleitos a abrir passagem para que Catunda seguisse no parlamento mirim.  

Tudo em nome da conveniência política ou a política da conveniência? 

O blog Com a Palavra apurou e já obteve algumas informações de que Thiago Prado e Olívia Tenório, por ora, descartam assumir uma Secretaria mesmo em caso de convite de JHC. É claro que o cenário pode mudar dependendo dos acordos. Até porque certamente o convite não seria para ocupar uma nobre Secretaria com muitos cargos e orçamento pomposo.  

E o que resta para Catunda?  

Convencer Davi Davino para abrir espaço na Câmara? Pouco provável que isto aconteça e dificilmente seria aceito pelo grupo político do vereador que foi um dos mais votados em Maceió.

Mesmo derrotado, João Catunda possui prestigio dentro do PP como primeiro suplente e também por ser filho de Edmundo Catunda, considerado homem de confiança de Arthur Lira. Se não seguir na Câmara como imagina, eis que o destino político de João pode até parar na gestão do prefeito JHC, o que seria algo natural dentro do atual contexto.