17/10/2024 às 16h48
Acta
MACEIO / AL
O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quinta-feira (17) que a anistia a Jair Bolsonaro será a condição para o partido apoiar candidatos nas eleições internas para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado. A sigla quer garantir a retomada da elegibilidade do ex-presidente para a disputa eleitoral de 2026.
“A [proposta da] anistia não trata do assunto do Bolsonaro, nós vamos ter que fazer isso no andamento, no andar da carruagem. Temos que por isso na pauta do presidente da Câmara e do presidente do Senado a ser eleito para ter o nosso apoio”, declarou em entrevista à CNN.
Na Câmara, o partido tem 92 integrantes – é a maior bancada partidária da Casa. No Senado, são 14 congressistas do PL. As eleições serão realizadas em fevereiro de 2025, mas negociações de apoios para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado, já movimentam o Congresso.
O chamado projeto da anistia está em análise e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O texto perdoa quem participou, fez doações ou apoiou por meio de redes sociais os ataques do 8 de janeiro.
Segundo Valdemar, a proposta ainda não contempla Bolsonaro, mas a bancada do PL vai “lutar” para fazer ajustes no texto. Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em junho do ano passado, e está inelegível até 2030.
Para o presidente do PL, a reversão da inelegibilidade ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), mas seria “mais fácil” por meio de uma decisão do Congresso sobre a anistia.
“Nós temos que convencer na Câmara os deputados votarem. Eu acredito que a gente convença porque esse embate com o Bolsonaro não pode ser resolvido dessa forma como foi no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, afirmou Valdemar.
A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), já reclamou que o debate da proposta está “contaminado” pelas articulações para a sucessão na Câmara. Como a CNN mostrou, deputados governistas temem uma derrota com a aprovação do texto na comissão, mas avaliam que a proposta não tem força para passar no plenário.
“Vamos incluir o Bolsonaro, vamos lutar para incluir o Bolsonaro nisso porque a condenação dele foi simplesmente absurda, só porque ele conversou com os embaixadores e disse que ela contra a urnas. Isso é uma opinião dele que tem que ser respeitada. Então, por isso, deixaram ele inelegível. Isso não existe no mundo, no planeta. Nós vamos reverter isso aí”, disse o presidente do PL.
FONTE: CNN Brasil
Há 9 horas
Caso João de Assis: Réus na morte de auditor vão a júri em MaceióHá 10 horas
Anistia a Bolsonaro será condição para apoio do PL em eleição no Congresso, diz ValdemarHá 11 horas
Seis dias depois, Enel diz ter restabelecido energia para quase todos os afetados em SPHá 11 horas
Solar Coca-Cola abre mais de 100 vagas temporárias em AlagoasHá 11 horas
Deputado solicita restauração da AL-101 entre Roteiro