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Educação

11/10/2024 às 16h30 - atualizada em 11/10/2024 às 16h34

Acta

MACEIO / AL

MPF cobra ações contra o uso indiscriminado de celulares nas escolas de Alagoas
Iniciativa se baseia em alerta da UNESCO sobre prejuízo na aprendizagem com uso de aparelhos em sala.
MPF cobra ações contra o uso indiscriminado de celulares nas escolas de Alagoas
Estudo aponta aumento no uso de celular de forma indiscriminada por alunos. FOTO: reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas abriu o Procedimento Preparatório (nº 11.000.001040/2024-15) para averiguar a regulamentação do uso de smartphones em escolas públicas e privadas. A iniciativa da procuradora da República Júlia Wanderley Vale Cadete se baseou no relatório de monitoramento global da educação de 2023, publicado pela UNESCO. O estudo destaca que o uso indiscriminado de celulares pode prejudicar a aprendizagem das crianças, o que despertou preocupações quanto à normatização desse tema.


O procedimento tem como objetivo inicial verificar a existência de normativas ou projetos de lei que tratem da limitação do uso de smartphones nas escolas em nível federal, estadual e municipal. No cenário nacional, há diversos projetos de lei tramitando na Câmara dos Deputados, como o PL nº 104/2015, que visa proibir o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula, exceto em atividades pedagógicas previamente autorizadas.


Outros projetos, como o PL nº 171/2024 e o PL nº 246/2024, também buscam regular o uso de celulares nas escolas, estabelecendo regras que incluem exceções para estudantes com deficiência e o uso com fins educacionais. O MPF solicitou informações às Câmaras Municipais de Maceió e à Assembleia Legislativa de Alagoas, para averiguar se há projetos ou leis em tramitação sobre o tema. Ofícios também foram enviados às secretarias municipais e estaduais de educação, solicitando esclarecimentos sobre eventuais discussões em andamento sobre a proibição do uso de celulares nas escolas da rede pública e privada. Em ambos os casos, o prazo para as respostas é de 15 dias.


O procedimento segue em fase de coleta de informações, e novas movimentações serão feitas conforme o avanço das análises. A medida reflete um esforço para alinhar as políticas educacionais brasileiras às recomendações internacionais, buscando minimizar os impactos negativos do uso de tecnologia no ambiente escolar.

FONTE: Ascom MPF-AL

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